Crianças enfileiradas e professora no final da fila; todos utilizam ferramenta do teste para tampar um dos olhos
Com os testes, crianças já começam a identificar alterações na visão. (Foto: Reprodução/Prefeitura Municipal de Jundiaí)

Os 15 mil estudantes de 2 a 6 anos da rede de Educação Básica de Jundiaí começaram a passar por testes de acuidade visual. A ação é de responsabilidade da Unidade de Gestão de Educação (UGE), em parceria com a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) e Instituto Luiz Braille e tem como objetivo identificar a prevalência de visão subnormal e cegueira nas crianças e como isso está relacionado aos fatores socioeconômicos e a proporção de casos reversíveis.

Os aplicadores dos testes de visão são os próprios professores. A equipe pedagógica passou por um treinamento dado pela equipe do Instituto Luiz Braille, entre os dias 21 e 25 de outubro. Eles realização a aplicação da escala optmétrica de Snellen e Tabela Lea.

Se identificados casos com alterações na visão, os estudantes serão atendidos gratuitamente por profissionais especializados da rede de Saúde da Prefeitura de Jundiaí e não entrarão em fila de espera.

“O cuidado com a saúde das crianças também é parte do Programa Escola Inovadora. O aluno que tem dificuldade na visão tem os desenvolvimentos psicossocial e de aprendizagem comprometidos”, afirma a gestora da UGE, Vasti Ferrari Marques.

Diagnóstico precoce

De acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS)/Agência Internacional de Prevenção da Cegueira “Programa visão 2020”, a prevenção da deficiência visual infantil é uma das cinco prioridades da Iniciativa Global.

De acordo com a OMS, 80% dos casos de deficiências visuais podem ser evitados. Everton Lima Gondim, médico do Instituto Braille, afirma que a identificação de deficiências e problemas visuais até os seis anos de idade reduz a incidência de agravos e outros comprometimentos durante a vida.

Com a aplicação dos testes, as crianças já começam a identificar alterações na visão.

Mariana Delboni Procópio, de 6 anos, aluna da Emeb Ivo de Bona, gostou do teste. “Serviu para eu saber que não consigo enxergar as letras pequenas”, contou.

Francisco Madyson Ávila de Assis, de 7 anos, não acertou todas as letras no teste. “Na aula, às vezes eu acerto, e em outras eu erro”, disse.

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