Jundiaí está concorrendo ao prêmio 2021 Global Mayors Challenge, da Fundação Bloomberg, com seu projeto de desemparedamento dos alunos da rede municipal de ensino, que proporciona às crianças o acesso diário à natureza durante as aulas.
Este projeto está ligado à preocupação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que alerta para os perigos de problemas como sedentarismo, obesidade, diabetes, desequilíbrio emocional, depressão, déficit de atenção e dificuldades de aprendizagem.
A cidade ficou entre as 631 cidades de 99 países que também concorrem ao prêmio. A competição selecionará e apoiará as 50 soluções urbanas mais inovadoras desenvolvidas por cidades depois da pandemia da Covid19. As 50 cidades vencedoras serão anunciadas em junho. Em dezembro, 15 municípios entre os 50 vencedores serão escolhidos para receber mais 1 milhão de dólares cada um.
De acordo com o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, fazer parte da seleção do prêmio faz parte da proposta de internacionalizar a cidade. “Nossa cidade apresentou uma solução inovadora para retorno às aulas nesses tempos de pandemia da Covid-19. O projeto que adotamos, de desemparedamento das crianças, ganhou destaque na imprensa nacional no início ao ano”, declara Luiz Fernando. “Queremos agora dar um passo ainda maior e apresentar esse trabalho inovador para o mundo.”
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Compromisso
O desenvolvimento do projeto de desemparedamento começou em janeiro, mesmo mês de anúncio do prêmio. “Sabemos do desafio de ficar entre as 50 cidades escolhidas, mas temos convicção de que o projeto que apresentamos pode ser replicado em outras cidades do mundo, pois o problema identificado é comum a todas elas. O ineditismo do projeto de desemparedamento aqui no Brasil está alinhado com o compromisso estratégico da Administração Municipal de tornar a cidade boa para as crianças”, destaca o gestor de Governo e Finanças, José Antonio Parimoschi.
Um dos espaços pensados para atender a proposta do projeto é o parque Mundo das Crianças, utilizado como sala de aula a céu aberto para as atividades. Assim como espaços ao ar livre nas próprias escolas, praças e centros esportivos nos bairros.
“O Manual de Orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria atesta que os espaços públicos que oferecem maior contato com a natureza melhoram todos os marcos mais importantes de uma infância saudável – imunidade, memória, sono, capacidade de aprendizado, sociabilidade, capacidade física – e contribuem significativamente para o bem-estar integral de crianças e jovens”, complementa Parimoschi.
“Nós saímos das salas de aula e fomos para espaços abertos, arborizados, como o Mundo das Crianças, os complexos esportivos e as praças dos bairros”, explica a gestora de Educação, Vastí Ferrari Marques. “Mesmo antes da pandemia já existia um problema de emparedamento da infância e o atual cenário da pandemia acelerou a busca por uma solução para isso”, conclui.
