
Idiomas, tecnologia, teatro, Pilates e pintura em tela. Essas são só algumas das aulas que a Faculdade da Terceira Idade (Fati) de Jundiaí oferece a homens e mulheres que já passaram dos 40 anos.
Nesta iniciativa da Faculdade Anhanguera, o público-alvo é aquele que surpreende a expectativa de vida cada vez mais. Em uma realidade em que a longevidade já não é a mesma de anos passados, os idosos mostram que cuidar dos netos não é a única tarefa de um avô.
“Sempre é tempo. É preciso tirar da cabeça que há limite de idade para coisas que não têm limite. Ficar parado não é o ideal”, comenta Gisele Plenter, professora e coordenadora da faculdade em Jundiaí.

No cronograma de aulas, que ocorrem sempre no período da tarde durante a semana, há turmas de dança, violão, fotografia, desenho, ginástica, crochê e uma aula especial chamada de “Ativando a memória” que estimula a parte neurológica.
“É importante ressaltar que as aulas são todas adaptadas à faixa etária. Temos alunos de 85 anos estudando inglês”, conta Gisele. “Mas, mesmo com tantos cursos, o que faz mesmo a diferença é a interação que os alunos têm entre si. Eles aprendem, ativam o cérebro e de quebra, fazem amigos”, comenta.
Apenas em Jundiaí, unidade que não é mais ligada à Faculdade Anhanguera, mas utiliza do espaço para ministrar as aulas, são 200 alunos. “Tem gente de todo canto”, garante Gisele. “Vinhedo, Louveira, Cabreúva, Itupeva, Várzea e Campo Limpo Paulista”, enumera.

O valor da matrícula é de R$ 50 e mensalidade é de R$ 115, e dá direito ao aluno de frequentar até quatro cursos de uma vez. Depois disso, o valor individual por atividade é de R$ 35.
Para se inscrever, basta que o aluno compareça à unidade localizada na R. do Retiro, 3000, das 13h30 às 17h30, munido de comprovante de residência e cópia do RG. O valor da matrícula precisa ser acertado no ato da inscrição.
Com um ambiente acolhedor e professores que entendem os desafios do público, deixar a amizade florescer é natural. Não raro, os colegas de turma viram amigos da vida, se encontram para um café entre as aulas e saem juntos nos finais de semana. No final, além de estudar, eles também driblam a depressão e solidão.
“Nós recebemos muitas pessoas doentes. A saúde mental, além das limitações físicas, é algo mais recorrente nessa idade, por isso nos atentamos a isso. Estamos sempre disponíveis para uma conversa fora da sala de aula e temos cumprido nosso papel. Tiramos muitas pessoas da depressão”, comemora a coordenadora.

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