Sentimento entre mãe e filha
Mãe e filha

Quando eu era criança o meu sentimento era de querer estar perto da minha mãe para me sentir protegida e amparada. Era para ter colo, afago, carinho e até mesmo bronca.

As noites mal dormidas, as idas e vindas à escola, companhias em deveres de casa, auxílio até mesmo para o banho, escolha de uma roupa … isso tudo marca uma época em minha vida.

Quando vem a adolescência, a mocidade … em muitos casos, mães e filhos se tornam inimigos temporários … por ciúmes, por falta de diálogo ou até mesmo pela famosa “falta de tempo”.

A decisão de querer realizar muitas coisas sem o consentimento dela, certeza que eu era capaz em tomar decisões, querer adquirir uma liberdade acima do normal … todos passamos por isso.

Até que na fase adulta tornei-me como ela … e com isso vem um sentimento diferente, puro, compreensivo… que me faz entender cada segundo já vivido. Uma sensação de que devo aproveitar cada minuto e que não posso mais perder tempo.

Quando a menina, que era moça torna-se mãe inunda-se do sentimento mais sublime de um ser humano, uma sensação que o coração transborda de amor, de plenitude e certeza de conhecer o amor.

A partir daí a vida corre e eu corri contra o tempo… sempre querendo dar conta de tudo, sempre querendo me preencher.

A certeza? De que tenho certeza? De que posso amar sem medidas minha mãe, de que devo ser grata à toda e qualquer situação vivida com ela e, acima de tudo, de que não devo permitir perder um segundo ao lado dela.

“A decisão de ter um filho é muito séria. É decidir ter para sempre o coração fora do corpo.”

Sandra Liongon
Coordenação Pedagógica
Colégio Campos Elíseos