
Alguns objetos vão muito além da técnica e da eletrônica: carregam memórias, afetos e sons que atravessaram décadas. É assim com os pedais de efeito, ícones do universo da guitarra.
Neste sábado (6), Jundiaí será palco da Expo Meu Pedal Velho, projeto idealizado pela Mosaiky que transforma essas pequenas caixas sonoras em cápsulas de tempo, reunindo histórias, registros e entrevistas com músicos apaixonados pelo instrumento.
De raridades como o Dallas Arbiter Fuzz Face de 1972, responsável por moldar os timbres de Jimi Hendrix e David Gilmour, ao Boss DD-2, primeiro delay digital compacto lançado em 1983, cada episódio da série vai além da técnica para falar de lembranças, descobertas e do som que marcou gerações.
“Todo guitarrista tem um pedal velho guardado na gaveta ou no pedalboard. Mais do que equipamentos, eles contam nossas histórias: da primeira banda na garagem aos palcos maiores. Queremos registrar essa memória afetiva da música”, explica o co-criador do perfil @MeuPedalVelho.
Pedais que marcaram época
Além dos relatos pessoais, o projeto mergulha em pesquisas sobre pedais icônicos que transformaram a sonoridade da guitarra. Entre eles:
- Foxx Tone Machine (1972): fuzz com oitava que marcou o som de Billy Gibbons e Peter Frampton, famoso por seu acabamento de camurça.
- MXR Phase 90 (1974): phaser compacto indispensável nos anos 1970, usado por Eddie Van Halen.
- EHX Big Muff OpAmp (1977/78): essencial nos álbuns do Smashing Pumpkins, definindo o som cru e poderoso do rock alternativo.
- Ibanez TS10 (1984): overdrive eternizado por Stevie Ray Vaughan e, mais recentemente, John Mayer.
- ProCo Rat (anos 80/90): uma das distorções mais influentes, revisitada em diversas gerações.
Para o pesquisador e músico Roberto Parisi, o projeto também fortalece a cena nacional. “Temos uma cena de guitarristas incrível no país, que dialoga com a tradição mundial, mas com uma pegada única. Os pedais são parte fundamental dessa identidade sonora”, afirma.
Mais do que fichas técnicas ou diagramas de circuito, o Meu Pedal Velho aposta em emoção e memória. “Um pedal é, ao mesmo tempo, tecnologia e poesia. Ele guarda o ruído de shows, os erros, as descobertas e o som que ficou na memória de quem tocou e de quem ouviu”, completa Parisi.
Serviço
- Data: 6 de setembro
- Horário: das 10h às 19h
- Atividade: experimentação de pedais vintage, testando timbres e interagindo com outros músicos
- Show especial: banda @birdlessbr, às 17h
- Local: Teatro do FEPASA – Av. União dos Ferroviários, 1.760, Jundiaí/SP
- Entrada gratuita (sujeito à lotação)
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