papa francisco
Foto: Günther Simmermacher por Pixabay

O Vaticano se pronunciou sobre a declaração favorável do papa Francisco em relação á união civil entre pessoas do mesmo sexo. De acordo com a nota, o pontífice se referia ao ponto de vista legal e a fala foi tirada de contexto.

Além disso, foi afirmado que as declarações não mudam a posição da Igreja Católica. Na religião, a relação homossexual é considerada pecado e o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo não é reconhecido.

O comentário do papa Francisco está no documentário “Francesco”, lançado no dia 21 de outubro, em Roma. Na ocasião, Francisco disse que os homossexuais têm o direito de ter uma família.

“As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deverá ser descartado ou ser infeliz por isso”, afirma o papa.

Além disso, comentou que as leis para união civil de pessoas gays são necessárias. “O que precisamos criar é uma lei de união civil. Dessa forma eles são legalmente contemplados. Eu defendi isso”, relata.

Corte no documentário

Porém, o Vaticano disse que a produção cortou comentários após esta fala, em que expressa oposição ao casamento homossexual. De acordo com a informação, a parte deletada deixava claro que o papa se referia às leis de união civil, no âmbito legal, e não religioso.

Segundo a nota, Francisco disse que “falar em casamento entre pessoas do mesmo sexo é algo incongruente”. Essa frase teria sido cortada do documentário.

“Há mais de um ano, durante uma entrevista, o papa Francisco respondeu duas perguntas distintas em dois momentos diferentes que, no mencionado documentário, foram editadas e publicadas como uma só resposta, sem a devida contextualização, o que gerou confusão”, explica a nota do Vaticano.