exposição leva arte tátil para pessoas com deficiência visual
Foto: Divulgação/Gika

A artista jundiaiense Gika realiza uma inovadora mostra de arte tátil no Instituto Luiz Braille, com a proposta de tornar a arte mais acessível para pessoas com deficiência visual e baixa visão.

A exposição “Ânforas e Fases da Lua” é uma imersão sensorial que traz obras com relevos tridimensionais e texturas táteis, permitindo uma experiência única aos visitantes. A iniciativa, realizada pela artista Gika, promove o aprendizado de forma interativa e inclusiva.

No último dia 13 de março, Gika guiou uma visita guiada e narrada às obras, e no dia 20 de março, ela realizará uma oficina de argila, com o objetivo de oferecer aos participantes uma vivência prática em que poderão criar suas próprias ânforas.

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Exposição acessível e interdisciplinar

Com apoio da Lei de Incentivo Paulo Gustavo e parcerias com o governo federal e a Prefeitura de Jundiaí, a mostra utiliza técnicas como colagem, pintura, escultura, assemblagem e grafite. Em suas obras, Gika utiliza mais de 50% dos materiais reciclados e reaproveitados.

“As obras apresentam relevos tridimensionais e texturas táteis, proporcionando uma experiência sinestésica, especialmente para pessoas com deficiência visual ou baixa visão. Inspirada nas ânforas panatenaicas, os primeiros containers das navegações antigas, a exposição conecta arte, ciência, biologia, astronomia, arqueologia e história”, explica a artista.

O evento é direcionado ao público interno do Instituto Luiz Braille, que oferece um espaço de acolhimento e aprendizado para pessoas com deficiência visual. Guida Domingos, assistida do Instituto e participante da exposição, compartilha sua experiência com a arte, destacando a importância dessas iniciativas para sua reabilitação. “Por meio de iniciativas como estas, tenho a oportunidade de socializar e realizar trabalhos manuais. Sempre que posso, faço pinturas e crochê”, conta.

Oficina de argila e reflexões interdisciplinares

No dia 20 de março, Gika promoverá uma oficina de argila, onde os participantes poderão modelar suas próprias ânforas, criando uma conexão com os temas abordados na exposição. “A proposta da exposição é refletir sobre a relação entre passado e presente, tomando como base questões de identidade visual próprias da artista”, complementa Gika.

exposição leva arte tátil para pessoas com deficiência visual
Foto: Divulgação/Gika