Foto: Isabella Matheus
Foto: Isabella Matheus

O bicentenário da Independência do país é o cerne da produção anual do Museu de Arte de São Paulo, apresentando uma série de exposições, oficinas, cursos e palestras que abordam a ideia de brasilidade de uma forma mais ampla, explorando conceitos sociais, antropológicos e históricos. 

A partir desta idealização, o MASP apresenta até 30 de outubro a mostra Histórias Brasileiras, com diversas exposições individuais e uma maior coletiva, trazendo novas narrativas visuais, mais inclusivas e plurais sobre as histórias do país.

Dividida por temas – Mapas e bandeiras, Paisagens e trópicos, Terra e território, Retomadas, Rebeliões e revoltas, Religiões, e Festas e Retratos -, a mostra foca mais em trabalhar as histórias sociais ou políticas, dos costumes e do cotidiano, do que sob uma perspectiva da história da arte.

São cerca de 380 trabalhos, sendo 24 inéditos, de aproximadamente 250 artistas e coletivos que contemplam diferentes mídias, suportes, tipologias, origens, regiões e períodos, do século 16 ao 21.

Acervo em transformação

Em cartaz durante o ano inteiro, a mostra de longa duração apresenta obras que pertencem ao acervo do museu, em que são realizadas constantes atualizações dos trabalhos ao longo do ano, apresentando as diversas facetas da coleção, com o intuito de propor novas leituras e abordagens.

O que vem por aí

A partir de 25 de novembro, a artista Judith Lauand ganha sua primeira exposição individual no museu, no ano de seu centenário. Única mulher a ter participado do Grupo Ruptura – coletivo pioneiro de artistas do concretismo – a Lauand é um nome essencial para a arte concreta no país e sua produção atravessa oito décadas. Judith Lauand: desvio concreto fica em cartaz até 2 de abril de 2023 e reúne cerca de 70 obras entre desenhos, pinturas e colagens.

De 25 de novembro a 26 de fevereiro de 2023, fica em cartaz a mostra Madalena Santos Reinbolt: uma cabeça cheia de planetas. Reinbolt foi uma artista cuja produção baseou-se na pintura e no têxtil, e trouxe em seus “quadros de lã” cenas de ambientes rurais com representações do cotidiano, em especial da cultura afro-brasileira.

Com desenhos, fotografias, vídeos, instalações e intervenções que usam elementos do cotidiano, a artista mineira Cinthia Marcelle analisa como as coisas são ordenadas no mundo. De 14 de dezembro a 26 de fevereiro de 2023, a mostra Cinthia Marcelle: por via das dúvidas contará com produções que acompanham sua trajetória, além de obras comissionadas para a exposição.

Sobre o MASP

Fundado em 1947 pelo empresário e mecenas Assis Chateaubriand (1892-1968), o Museu de Arte de São Paulo é um museu privado sem fins lucrativos.

Com projeto arquitetônico e expográfico de Lina Bo Bardi (1914-1992), o MASP foi o primeiro museu moderno do país, cujo acervo reúne mais de 11 mil obras, incluindo pinturas, esculturas, objetos, fotografias, vídeos e vestuário de diversos períodos. 

Abrangendo a produção europeia, africana, asiática e das Américas, o museu possui o mais importante acervo de arte europeia do Hemisfério Sul.

Além da mostra de longa duração de seu Acervo em transformação, são promovidas exposições coletivas e individuais ao longo do ano, cujas temáticas versam sobre a missão do museu: “inclusivo e plural [MASP], tem a missão de estabelecer, de maneira crítica e criativa, diálogos entre passado e presente, culturas e territórios, a partir das artes visuais”.

Serviço:

Endereço: Avenida Paulista, 1578, Bela Vista
Telefone: (11) 3149-5959
Ingressos: R$ 50 (inteira); R$ 25 (meia-entrada). Agendamento online obrigatório pelo link: masp.org.br/ingressos