Roberta ficou impressionada com os desenhos feitos pelas crianças vítimas do Nazismo. Foto: Prefeitura de Jundiaí
Roberta ficou impressionada com os desenhos feitos pelas crianças vítimas do Nazismo. Foto: Prefeitura de Jundiaí

A exposição “Holocausto: para que nunca se negue, para que nunca se esqueça e para que nunca mais se repita” completou neste domingo (11) um mês de exibição no Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão. Nesse período, a exposição já recebeu 30 mil visitantes, dos quais quase dois mil são estudantes e educadores em visitas agendadas.

“Para a abertura desta exposição, contamos com as ilustres presenças de sobreviventes e que muito insistiam sobre a relevância de falar sobre o Holocausto para as gerações mais jovens. Um número expressivo como este de visitantes é sinal de que há na sociedade pessoas conscientes sobre a importância disso, de se refletir sobre o passado e de se democratizar as informações para que nada disso se repita”, ressaltou o gestor de Cultura, Marcelo Peroni.

O diretor do Departamento de Museus, Paulo Vicentini, fez um agradecimento aos educadores da região. “A Cultura agradece o empenho dos diretores e professores da rede pública estadual de ensino e de colégios privados, pelo notório esforço de trazer seus alunos à exposição. E muitos dos que vêm com esses grupos voltam e trazem seus familiares e amigos”, comentou Vicentini, que ressaltou também a presença de visitantes de diversos Municípios da região, como Várzea e Campo Limpo Paulista, Francisco Morato, Jarinu e outros.

As colegas estagiárias de Pedagogia Silvânia Galvão e Júlia Costa, e de Letras Roberta Lopes, que atuam na Rede Sesi, combinaram de visitar a exposição juntas.

“A gente lê tanto sobre o Holocausto e não imagina como ele foi, mas a exposição foi capaz de mostrar até o inimaginável. Eu fiquei arrepiada, com vontade de chorar. E tem gente que nega ou se esquece que isso tudo aconteceu”, comentou Silvânia, que mora em Várzea Paulista.

“Um dos pontos da exposição que mais chamaram minha atenção foi o assassinato de crianças, eliminadas com overdose de medicação ou inanição. E eu trabalho com crianças atípicas, então fiquei pensando nelas, em como pode um regime querer eliminar pessoas, criar um programa de eutanásia infantil”, refletiu Júlia, moradora de Cabreúva.

Foto: Prefeitura de Jundiaí

“A instalação que mais chamou minha atenção foi a dos desenhos de crianças nos campos. E eu trabalho com crianças no meu dia a dia, por isso foi um choque de realidade”, ressaltou Roberta, que mora em Campo Limpo Paulista.

Já a moradora do Centro, Fernanda Bueno aproveitou a volta para casa com os filhos Murilo e Conrado, de oito e um anos, para conferir a exposição. “A gente gosta muito de visitar museus e passando aqui na frente o Murilo pediu para entrarmos. Eu acho que criança tem que saber da realidade desde cedo. Por isso sou bastante realista e, apesar de ser um tema triste, falei o que foi o regime, o preconceito e até o que faziam com as crianças”.

Exposição

“Holocausto: para que nunca se negue, para que nunca se esqueça e para que nunca mais se repita” possui instalações montadas pela Unidade de Cultura, além das exposições: “Shoá: como foi humanamente possível?” e “Os justos entre as nações da Lituânia”, respectivamente, propostas pelos parceiros Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto de São Paulo e Consulado Geral da República da Lituânia de São Paulo, importantes parceiros nesta realização.

Aberta para visitação gratuita até o dia 6 de agosto, a exposição tem como faixa etária indicada maiores de 12 anos. Crianças menores dessa idade poderão fazer a visita somente se acompanhadas de adultos responsáveis.

O Museu fica na rua Barão de Jundiaí, 762 – Centro, e fica aberto diariamente, com entrada gratuita, das 10h às 17h. Mais informações pelo telefone (11) 4521-6259.