Dia do Cachorro quente: Hot do Dog do Mané é o mais antigo de Jundiaí
Foto: Arquivo Pessoal

Jundiaí é conhecida como uma cidade diversificada no que diz respeito à gastronomia. De sanduíches à alta culinária, quem mora aqui pode escolher aquilo que mais agrada o paladar. E, dentro deste conceito, um dos mais famosos lanches no mundo faz sucesso há mais de 40 anos, fruto do trabalho e dedicação de um homem. Aproveitando o Dia do Cachorro-Quente, celebrado em 9 de setembro, o Tribuna de Jundiaí conta a história do Hot Dog do Mané.

Fundado por Manoel Joaquim Vieira, em 1979, o negócio tem como primeiro destaque ter ocupado sempre o mesmo lugar, em todos estes anos. A antiga barraca foi instalada na esquina das ruas Jorge Zolner e Leonardo Cavalcanti, no Centro. Era um carrinho bem pequeno, onde passaram a ser produzidos os primeiros lanches – sempre com muito zelo e carinho.

Não à toa, Manoel conseguiu fidelizar muitos clientes. “Tem um rapaz que conhecemos como corinthiano, sempre o chamamos assim. Foi dele o segundo lanche feito pelo seu Manoel e sempre quando vem até a gente ele lembra disso”, afirma Claudinei Lopes, o atual responsável pelo empreendimento.

Claudinei é genro de Mané e começou a trabalhar na barraca em 1995. Há 5 anos ele entrou com pedido na Prefeitura para que fosse instalado ali um quiosque fixo. A ideia existe desde que passou a ajudar o sogro – que faleceu em 2010. A inovação chamou a atenção de mais pessoas, que estavam acostumadas com o carrinho de cachorro-quente.

Claudinei lembra que ele e Manoel sempre faziam perguntas aos clientes de como preferiam os lanches. Desta forma conseguiram montar um cardápio variado, que agrada a todos. O mais tradicional, porém, é o carro-chefe: purê de batata, salsicha, maionese, batata palha, vinagrete, ketchup, mostarda, milho e ervilha. Em ocasiões especiais, também são feitos lanches diferenciados, como aquele que vai cebola crispy, por exemplo.

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Pandemia

A pandemia da Covid19 trouxe momentos de incerteza aos funcionários do Hot Dog do Mané. O quiosque chegou a ficar fechado por um mês, até que todos pudessem se adequar e entender como enfrentar a crise. “Foi uma fase bem difícil, confesso, principalmente porque as pessoas não estavam saindo de casa. Mas, graças a Deus, conseguimos voltar fazendo entregas de pedidos por meio do WhatsApp e Ifood”, comenta Claudinei.

Além das entregas e retiradas, que antes quase não aconteciam, a equipe teve que se adequar ao horário. Antes da Covid, os clientes iam até o quiosque em horários diversos, durante todo o dia. Agora já é possível trabalhar com horários fixos, como almoço e jantar. “O horário foi um dos mais desafiadores, já que o trabalho aumentou em alguns momentos do dia”.

Depois das adequações, foi possível voltar a atender a clientela com o padrão e qualidade do Hot Dog do Mané. Desde 1979.

História

O Dia do Cachorro-Quente é comemorado em 9 de setembro numa homenagem a um dos sanduíches mais famosos do mundo. Acredita-se que a data remete à criação deste tipo de sanduíche, em 1884, na cidade de Nova Iorque.

O cachorro-quente teria sido inventado por um imigrante alemão, que teve a incrível – e simples – ideia de colocar uma salsicha dentro de um pão: uma forma bem prática de se alimentar.