segredos do vinho perfeito
Foto de Milada Vigerova na Unsplash

Você sabia que o Brasil é o 15º maior produtor de vinho do mundo? A posição pode não parecer assim tão impressionante em um primeiro momento, mas as coisas mudam de figura quando consideramos que o ranking representa mais de 3 milhões de hectolitros produzidos todos os anos só em nosso país.

Jundiaí é responsável por uma fatia desse total, contando com algumas dentre as melhores adegas e vinícolas do país. A partir dessa informação, vale a pena refletir sobre tudo aquilo que não sabemos em relação à produção de vinho nacional, incluindo os processos químicos envolvidos nas atividades.

A verdade é que a química, em especial em seu campo analítico, desempenha um papel fundamental nas vinícolas de Jundiaí e do mundo. A titulação, em especial, serve a propósitos que partem desde os estudos iniciais até a fiscalização de embalagens e manutenção dos vinhos, garantindo sua segurança.

A garantia de qualidade no sabor do produto final

O primeiro uso importante da titulação como “segredo” para o vinho perfeito é a análise de aspectos como a acidez e os açúcares, o que só é possível com as medições exatas. Os melhores vinhos têm um equilíbrio entre as concentrações, de acordo com o tipo, o que se espera da vinícola e demais pontos.

O que nem todos sabem é que esse controle de qualidade com relação ao sabor vem desde antes do vinho se tornar vinho, com a própria uva. Como é fácil deduzir, alguns tipos delas não são boas para a produção de vinhos, o que só é descoberto a partir de análises químicas como a titulação mencionada.

A segurança dos consumidores como uma prioridade

Em segundo lugar encontra-se um elemento que não apenas serve para garantir a segurança, mas que também é uma preocupação do ponto de vista da lei: a segurança aos consumidores! A concentração errada de uma determinada substância pode ter consequências catastróficas para quem a consome.

É exatamente por esse motivo que qualquer produto vendido no Brasil precisa informar o que contém e em qual quantidade, algo que se descobre a partir da titulação. Mesmo as vinícolas que produzem vinhos em negócios familiares menores precisam se adequar, garantindo a saúde do seu produto final.

Os avanços tecnológicos na produção e na análise

Seria não apenas ingenuidade, mas incorreto, dizer que a produção de vinho atual é a mesma de anos passados. Com o advento de tecnologias contemporâneas, a maneira como as vinícolas lidam com as suas produções mudou bastante. Números aumentaram, de modo que o cuidado deve ser redobrado.

E engana-se quem pensa que isso é algo exclusivo das grandes vinícolas! Mesmo produções em uma menor escala utilizam tecnologias para agilizar as tarefas, permitindo que valores investidos para que o vinho seja produzido sejam recompensados com um produto de qualidade que chega às prateleiras.

A adequação nos armazenamentos e no transporte

Você sabia que o armazenamento inadequado pode alterar drasticamente as propriedades do vinho? Não só dele, mas de inúmeros outros produtos. Um exemplo é o leite, que azeda fora da geladeira depois de aberto, mas isso acontece com todo e qualquer produto perecível; incluindo o vinho, é claro.

A análise química é mais uma vez a protagonista aqui, sendo usada para analisar as propriedades do vinho antes e depois de armazenamentos e transportes em diferentes temperaturas e em diferentes condições. A interação do produto com as embalagens também é um elemento que ganha a atenção.

O futuro da produção de vinho no Brasil e o papel da química

À medida que o mercado de vinhos no Brasil continua a se expandir, a química tem um papel crescente na evolução da produção. As vinícolas brasileiras, como as de Jundiaí, estão se destacando cada vez mais por sua capacidade de combinar técnicas tradicionais com inovações tecnológicas, garantindo que o vinho produzido seja de alta qualidade e esteja à altura dos melhores do mundo.

No futuro, podemos esperar que a ciência continue a desempenhar um papel crucial na adaptação às novas condições climáticas, no aprimoramento da segurança alimentar e na busca por vinhos ainda mais saborosos e consistentes. 

Sem dúvida, a química será o elo entre as técnicas tradicionais e as inovações que surgirão nos próximos anos, garantindo que o vinho brasileiro conquiste novos paladares, tanto no Brasil quanto no exterior.

Além disso, o uso de tecnologias para medir e controlar o ambiente nas vinícolas, como sistemas automatizados de controle de temperatura e umidade, garante que o vinho seja produzido de maneira constante e sem falhas. 

Esse tipo de controle rigoroso reduz a possibilidade de variações indesejadas no produto final, algo que é essencial, especialmente em um mercado cada vez mais competitivo.

Gostou de aprender mais sobre os bastidores da produção de vinho? Deixe o seu comentário e compartilhe suas opiniões sobre o tema.