
O presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, nesta segunda-feira (28). De acordo com integrantes do governo, o presidente tomou a decisão em meio à pressão por conta do aumento no preço dos combustíveis e depois de diversas críticas feitas pelo Governo e pelo Congresso à estatal.
A demissão ainda não foi anunciada, mas a informação deve ser confirmada nas próximas horas, segundo os interlocutores do Palácio do Planalto. De acordo com algumas fontes próximas ao governo federal, o economista Adriano Pires, especialista do setor de óleo de gás, é o mais indicado para assumir o cargo.
Silva e Luna já foi avisado que será demitido. Para isso, o governo encaminhará à estatal uma lista de nomes para fazerem parte do Conselho de Administração da Petrobras. Dessa lista não constará o nome de Silva e Luna.
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Além disso, acionistas da Petrobras devem se reunir no próximo dia 13 de abril, para confirmar os novos nomes ao Conselho. Para ser presidente da Petrobras é preciso fazer parte do Conselho de Administração. Sem o nome nessa lista, Joaquim é automaticamente substituído.
Silva e Luna tem um mandato de dois anos, que só venceria no ano que vem. Porém isso não impede a troca, porque o Conselho precisará ser renovado já que seu atual presidente, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, pediu para deixar o cargo.
Portanto, abre-se a vaga para todos os conselheiros ao mesmo tempo, conforme o estatuto da Petrobras, deixando o caminho livre para o governo trocar Silva e Luna. Esta é a segunda troca na Petrobras em um ano, tendo a mesma causa: o preço dos combustíveis.