Uso das plantas medicinais em Jundiaí
Foto: Prefeitura de Jundiaí

O uso de medicamentos fitoterápicos tem se destacado no Brasil devido aos seus inúmeros benefícios no tratamento de diversas doenças. Em Jundiaí, a iniciativa tem mostrado resultados expressivos. Nos últimos três meses, a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) distribuiu 75.637 comprimidos de Valeriana officinalis, conhecida popularmente como Valeriana, e, desde setembro, 15.516 cápsulas de Maytenus ilicifolia, ou Espinheira Santa.

Esses dois medicamentos, presentes na Relação Municipal de Medicamentos (Remume), estão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Clínicas da Família de Jundiaí. A escolha foi feita pela Comissão de Farmácia e Terapêutica da Prefeitura, com base no uso tradicional dessas plantas e em seu reconhecimento pela população.

  • Valeriana officinalis: Disponível desde junho, atua no Sistema Nervoso Central (SNC) como calmante leve e auxilia na regularização dos distúrbios do sono.
  • Maytenus ilicifolia (Espinheira Santa): Introduzida em setembro, possui propriedades protetoras e cicatrizantes no sistema gástrico, aliviando sintomas gastrintestinais e problemas de má digestão.
Farmacêuticas
Foto: Prefeitura de Jundiaí

A relação cultural com as plantas medicinais

O uso de plantas medicinais está profundamente enraizado na cultura brasileira. Segundo Ana Cláudia J. Rodrigues, coordenadora da Assistência Farmacêutica da UGPS, “os fitoterápicos são medicamentos seguros, com eficácia comprovada, que refletem nossa cultura e história. Muitas pessoas já utilizam chás à base dessas plantas, conhecimento transmitido por gerações”.

Assim como ocorre com outros medicamentos, a prescrição de fitoterápicos é feita por médicos da Rede de Atenção à Saúde e só pode ser dispensada mediante apresentação de receita.

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Jardins terapêuticos: espaços de conhecimento e saúde em Jundiaí

Além da disponibilização de fitoterápicos, Jundiaí tem investido na implantação de Jardins Terapêuticos em unidades da Atenção Básica. Atualmente, sete serviços de saúde possuem esses espaços, que incluem plantas como capim-cidrão, melissa, hortelã, carqueja, bálsamo, boldo, poejo, alecrim e lavanda.

 Jardim Terapêutico
Foto: Prefeitura de Jundiaí

Esses espaços têm como objetivo promover o cuidado integral, permitindo a troca de conhecimentos científicos e populares. De acordo com Ana Cláudia, “os jardins terapêuticos não apenas fornecem plantas medicinais, mas também promovem oficinas para ensinar o uso correto dessas plantas, garantindo o efeito desejado para a saúde”.

Os jardins integram-se às Práticas Integrativas e Complementares (PICs), como auriculoterapia, alongamento, artesanato e Lian Gong, fortalecendo o cuidado integral e a recuperação dos usuários da rede pública de saúde.

Um modelo de saúde preventiva e complementar

O trabalho desenvolvido em Jundiaí reflete a importância de integrar ciência, tradição e práticas complementares na promoção da saúde. Para Tiago Texera, gestor de Promoção da Saúde, “essa é mais uma oferta da nossa rede, que soma aos serviços existentes, trazendo cuidado integral e fortalecendo a recuperação e o bem-estar da população”.

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