
Fazendo agenda no Piauí hoje, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse aos jornalistas que é “absolutamente contrário” a leis que instituem o uso obrigatório de máscaras e a apresentação de comprovante de vacinação para entrar em alguns locais, o chamado “passaporte da vacina”.
“Essa história de lei para obrigar qualquer coisa é absurda, primeiro que não funciona. O que temos que fazer é as pessoas aderirem às recomendações sanitárias, o cuidado é individual, o benefício é de todos. Passaporte disso, passaporte daquilo, a população brasileira em breve vai estar toda vacinada”, afirmou.
E continuou, chamando os decretos que obrigam essas medidas de “legislorragia inútil”. “Absolutamente contrário a essas leis”, disse. “Não precisa de lei mandar fazer, nós já temos. Parar com essa mania de legislorragia inútil, usa máscara, tem que trocar a máscara de quanto em quanto tempo, como eu fiscalizo isso? A gente precisa conscientizar as pessoas e parar com essa história de dividir a população brasileira.”.
Essa não é a primeira vez que Queiroga critica algumas medidas como essa. No mês passado, ele já havia dito que o passaporte da vacina “não ajuda em nada”. “Somos contra isso. O povo brasileiro é livre, queremos que as pessoas exerçam de acordo com sua consciência”, afirmou.
Nesta sexta-feira (08), o país ultrapassou o marco fúnebre de 600 mil mortes por covid19.
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Um boletim publicado ontem pela Fundação Oswaldo Cruz recomendou prudência e a manutenção do uso de máscara e medidas preventivas, como higienização das mãos, distanciamento social e uso de álcool gel, até que ao menos 80% da população esteja completamente vacinada.
Até ontem, 45,57% dos brasileiros receberam as duas doses do imunizante.
A instituição também já afirmou em boletim que o passaporte da vacina é uma “importante estratégia” para estimular e ampliar a imunização no Brasil, e recomendou a adoção da iniciativa em todo o território nacional. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro já exigem a comprovação para entrar em determinados locais.
A medida também é exigida na União Europeia, em Israel e na Coreia do Sul.
Fonte: uol.