
Neste domingo (18), o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, afirmou em suas redes sociais que o Governo do Estado planeja privatizar todas as linhas da CPTM, como resposta a última greve dos ferroviários, no dia 15 de julho, em que os trabalhadores do setor reivindicavam o pagamento da PPR do ano de 2020.
Ainda assim, a CPTM não pagou a pendência e também não se mostrou disposta a realizar os pagamentos. De acordo com Baldy, ao responder um usuário do sistema ferroviário na internet, a greve era “inacreditável” e afirmou que em alguns meses as linhas 8 e 9 estarão sob administração privada.
O secretário também comentou sobre o edital do Trem Intercidades, que incluirá a privatização da Linha 10-Turquesa e Linha 7-Rubi, da região de Jundiaí. Além disso, a decisão coloca no radar as linhas 11, 12 e 13. O plano do governador João Doria prevê que essas concessões de privatização ocorram até o final de 2021.
Greve de 15 de julho
Na quinta-feira da semana passada, entidades sindicais e trabalhadores da categoria ferroviária paralisaram diversas linhas de trens como forma de protesto. A greve se deu pela falta de entendimento entre os profissionais e a CPTM, em relação a questões salariais e da PPR (Programa de Participação nos Resultados) referente 2020, que não foi paga até então.
Como forma de tentar frear a greve, a CPTM conseguiu uma liminar na justiça que obriga que 80% da frota opere no horário de pico e 60% dos trens circulem nos demais horários. Isso aconteceu parcialmente, já que as linhas 11-coral, 12-safira e 13-jade funcionaram normalmente.
Antes da paralisação, as partes se reuniram em diversas reuniões. No entanto, não chegaram a um acordo. Além disso, a companhia argumentou reajuste zero e uma crise financeira causada pela pandemia da Covid19.
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