
O cearense Nilo Veloso, de 66 anos, costumava fumar três maços de cigarro por dia, mas conseguiu abandonar o vício depois de 34 anos. O que fez ele tomar esta decisão foi um mal súbito, causado pelo tabagismo, que sofreu no volante.
Então, livre da nicotina desde 2005, o aposentado, agora, guarda diariamente todo o dinheiro que gastava em cigarro em um pote que só abre uma vez por ano. De acordo com Nilo, tudo é gasto com viagens, hobbies e reformas em sua casa.
“Comecei a fumar com uns 20 anos, na época era considerado um charme. Fui fumando cada vez mais e cheguei a fumar três maços por dia nos dois últimos anos, até que parei no dia 24 de julho de 2005”, recorda o aposentado.
Veloso conta que sua dependência era tanta que ele não esperava nem tomar café da manhã. Acordava, só tomava um golinho de água e já começava a fumar.
Mas, quando estava com 54 anos, começou a passar mal enquanto fumava e dirigia. “Fiquei tonto, tudo ficou escuro, precisei parar o carro por causa da vista embaçada, joguei o cigarro fora e pedi ajuda a Nossa Senhora”, relembra.
Após o susto, Nilo tomou uma decisão na hora. Ele não fumaria daquele dia em diante e guardaria todo o dinheiro que seria gasto com cigarro. Ele não só conseguiu, como continua guardando o dinheiro até hoje.
“Já tinha usado remédio, adesivo e nada adiantou. Neste dia, eu não precisei de nada. Eu falo que Nossa Senhora veio com um bisturi divino e me operou. O que aconteceu foi um milagre”, afirma Nilo.
LEIA TAMBÉM:
Viajante transformou Fiat Uno em motorhome e já percorreu 11 mil km
Amazonense é a primeira pessoa tetraplégica a saltar de paraquedas no Brasil
Dinheiro guardado
Com o dinheiro que acumulou ao longo dos anos, Nilo já viajou com a esposa para a Argentina, Uruguai, Chile, duas vezes para a Serra Gaúcha, reformou os móveis da casa, trocou colchão da cama, comprou um computador e uma bicicleta de carbono de R$ 11.800, que usa para pedalar com os amigos.
“Comecei juntando R$ 7,50. Hoje, eu guardo R$ 15 todos os dias e só abro o pote em julho. Em média, dá R$ 5.800 por ano”, conta orgulhoso.
E os próximos cofres já têm destino, um deles vai pagar a viagem que ele e a esposa farão para Aracaju para visitar um amigo de infância. Outro, ele pretende usar para realizar o sonho de conhecer Rio de Janeiro durante o Carnaval para desfilar pela sua escola de samba do coração, a Mangueira.
Vida saudável
Nilo ainda afirma que nunca mais sentiu vontade de fumar e que tudo mudou para melhor:
“Era tanta nicotina que tive que mandar lavar todas as roupas do armário quando parei de fumar. No começo de 2006 comecei a pedalar e hoje pedalo 28 km de terça e quinta e mais de 50 km de sábado e de domingo. Meu cabelo melhorou, minha pele agora é limpa, até o gosto da água ficou diferente”, comemora.
Fonte: Vix