O número de divórcios consensuais realizados pelos cartórios de notas do país, durante a quarentena decretada pela pandemia do novo coronavírus, entre os meses de maio e junho deste ano, aumentou 18,7%.
A união de dois fatores pode justificar o acréscimo de pedidos de divórcio.
Além do convívio intenso em virtude da quarentena ter sobrecarregado física e emocionalmente as famílias brasileiras, uma autorização nacional aprovada em maio permitiu que alguns processos, como divórcios consensuais, que não envolvam menores, possam ser feitos de forma remota, por videoconferência por meio da plataforma e-Notariado.
“Esse isolamento social forçado pela pandemia aumenta o convívio entre os casais e justamente esse aumento do convívio gera conflitos. Por conta disso, a probabilidade de haver mais divórcios é muito maior”, disse a advogada Débora Guelman, em entrevista à Rádio Nacional.
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Em números absolutos, os divórcios consensuais passaram de 4.471 em maio para 5.306 em junho de 2020.
Houve crescimento em 24 estados brasileiros, incluindo em São Paulo.
Enquanto em maio de 2020, o número foi de 894 em todo o Estado. No mês seguinte, cartórios registraram 1.061 pedidos de separação: um aumento de 18,7%.
Entre junho de 2019 e junho de 2020, o crescimento foi de 1,9%.
