Um funcionário que é terceirizado e trabalha em um prédio residencial de Belo Horizonte, em Minas Gerais, encontrou alguns bilhetes com teor racista. Ele disse ser alvo das ofensas por trabalhar na limpeza do local onde os papéis estavam.
O homem de 25 anos, registrou boletim de ocorrência acompanhado do supervisor, logo após de ter encontrado o material, e na última segunda (25) a polícia afirmou estar apurando os fatos.
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“Volta pra sua jaula gorila volta pro licho (para o lixo) de analfabetos que você veio preto sujo (…). Lugar de preto não é na limpeza e na sesala (senzala)”, dizia o bilhete escrito à mão.
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O jovem foi remanejado para outra área dentro da empresa. Mas, quando voltou ao prédio para buscar seus pertences no último sábado (23), ainda encontrou outras mensagens ofensivas.
“Sofra as consequências, viado, preto. Ou você sai daqui, o resto toma banho de cloro, africano. Bons tempos eram quando pessoas como você sabiam do seu lugar que é no tronco, macaco, estúpido. Lugar seu é com sua gente na senzala, seus amigos são sujos como você.”
Em um segundo B.O., que foi registrado por meio da síndica do edifício, localizado no bairro Planalto, e da diretora da empresa prestadora de serviços.
“A pessoa que faz isso não tem humanidade dentro dela. Me chamou de analfabeto, mas trabalho para pagar meu curso de enfermagem“, informou o funcionário ao G1 e não quis ser identificado.
