
As principais entidades de blocos de rua da cidade de São Paulo emitiram uma carta pública nesta segunda-feira (4) afirmando a intenção de realizar desfiles nas ruas da capital paulista no fim de semana do feriado de Tiradentes, em 21 de abril, data dos desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi.
Segundo o g1, no documento, o grupo afirma que não há motivos atualmente para a Prefeitura e o governo de São Paulo proibirem a realização desses desfiles independentes na cidade, já que diversos eventos e festivais de músicas estão acontecendo na capital paulista com anuência do Poder Público.
Parte do grupo que assina a nova carta é o mesmo que em janeiro se colocou voluntariamente contra a realização do carnaval de rua da cidade em fevereiro, antes mesmo do anúncio oficial de cancelamento do evento pela Prefeitura, em virtude do agravamento da pandemia.
“Para defender a vida, nós ficamos em casa o tanto quanto foi possível nos últimos dois anos. Não colocamos o bloco na rua e cumprimos nossa responsabilidade coletiva. Nos dias atuais, o cenário sanitário parece promissor e estável. Festivais, campeonatos esportivos, eventos religiosos e de negócios estão acontecendo normalmente. O sambódromo já está com festa marcada e não há justificativa para proibir carnaval de rua livre, diverso e democrático, nesse abril de 2022”, afirmou o documento.
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Uma das entidades que assinam a carta é a Comissão Feminina do Carnaval de Rua de São Paulo, que através de uma de suas coordenadoras, Thais Haliski, disse ao g1 que o manifesto publicado nesta segunda (4) “não é um pedido para o Poder Público”, mas um informe sobre a intenção dos blocos de saírem às ruas da cidade no feriado de Tiradentes.
“Não é um pedido de autorização. O manifesto é um informe para as autoridades de que os blocos de rua vão sair às ruas no feriado de 21 de abril, independente da opinião do Poder Público. A gente acha que na atual situação, não há motivo para impedir a livre manifestação pública das pessoas, se festas privadas estão autorizadas, festivais de música privados estão acontecendo e o carnaval no sambódromo também, cobrando ingresso de quem quer assistir aos desfiles das escolas”, disse Thais Haliski.