Pessoas em evento, usando máscara
Foto: halfpoint/Envato Elements

Na semana passada, o Governo de São Paulo autorizou a retomada de eventos sociais e feiras corporativas, e a decisão despertou a dúvida sobre a exigência de confirmação da vacinação contra Covid-19 para participação das reuniões. A medida já é tendência na maioria dos países que autorizaram a volta dos eventos.

O setor de festas e eventos foi um dos mais prejudicados durante a pandemia, e para os empresários do segmento, se a medida de comprovação de vacinação for adotada por aqui, seria um tipo de atestado de segurança.

“A apresentação da carteira de vacinação é primordial para garantir a segurança dos eventos. E o setor tem equipe preparada para fazer esse controle, como seguranças, cerimonialistas e bombeiros civis”, comentou Júlio César Hezel, diretor da sucursal Curitiba da Abrafesta e proprietário de um buffet na cidade.

Hezel entende que a medida seria mais rápida e eficaz do que realizar a testagem na entrada do evento, por exemplo, evitando assim casos de aglomerações.

O presidente da Abrafesta, Ricardo Dias, concorda que a medida é uma nova oportunidade para o setor. “A retomada que começa agora é o momento de as empresas cumprirem sua responsabilidade social com essa força de trabalho tão fragilizada. Em que pesem os prejuízos do setor, é dever do empresário garantir condições e salários dignos para esses trabalhadores”, diz.

Evento-teste

A princípio, as medidas restritivas para realização dos eventos e feiras são as mesmas aprovadas em um evento-teste, que aconteceu no dia 6 de agosto, no Club Athletico Paulistano. A ocasião reuniu 170 pessoas, associadas ao clube, entre às 18h30 e 23h, e os convidados entraram no local apenas após testar negativo contra Covid-19.

Além disso, na entrada do evento, os associados tiveram medida aferida e responderam um questionário com informações a respeito de sua saúde e dados pessoais para uma testagem após o evento.

No clube também foi obrigatório o uso de máscaras (exceto durante a alimentação) e a organização monitorou o distanciamento social. Também havia kits com álcool gel à disposição e a comida foi servida à la carte. O teste pós-evento foi realizado depois de 5 dias e houve apenas um resultado positivo, que foi comprovado mais tarde não ter relação com o evento.

“Planejamos os protocolos durante meses e nossa avaliação é que a experiência foi um sucesso”, disse Ricardo Dias, presidente da Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta).

De acordo com ele, o evento-teste foi acompanhado por uma equipe da Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo. “Os protocolos foram validados e devem se tornar um decreto que vai nortear a realização de encontros do tipo (jantar sentado)”, explicou.

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