
Em meio a Avenida Paulista, um homem cadeirante trafega com uma bolsa em seu colo cheia de lanches, que acaba de receber de um restaurante a poucos metros dali.
Esse homem é Luciano, 44, que para fugir do desemprego entrega comidas por meio de aplicativos. Com uma renda de aproximadamente R$ 400, Luciano conta que antes de se tornar entregador entregou muitos currículos nas empresas, porém não foi chamado em nenhuma.
O entregador conta que muitos clientes quando ficam sabendo que ele é cadeirante, cancelam o pedido, já outros não se importam como é o caso de Natasha “Achei incrível. Isso é muito legal”, diz a jovem.
Há dois anos morando em São Paulo, ele que era de Salvador (BA) enxergava na cidade grandes oportunidades, mas isso não aconteceu. Foi então, que considerou a os aplicativos de comida como oportunidade, embora consiga fazer suas entregas, Luciano conta que sente muita dificuldade por conta dos obstáculos na locomoção. Por este motivo ele não pensa em ficar muito tempo entregando comida.
Mesmo com todas as dificuldades o entregador fica feliz em saber que o seu trabalho inspira muitas pessoas, e conta que recebe muitos elogios pelo seu trabalho “Nem tudo é fácil, eu sei. Mas o carinho e a atenção que recebo me ajudam muito a continuar”.