
Imagine reencontrar um familiar que desapareceu depois de 20 anos, que foi até dado como morto, em uma publicação nas redes sociais? Foi o que aconteceu com uma família de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, graças à uma caminhoneira de Pelotas, no mesmo estado.
Cleusa Ximenes passava pela cidade de Itumbiara, interior de Goiás, há 1,7 mil km de distância de RS, registrando uma ação recorrente onde entrega alimentos, roupas e calçados para pessoas que encontra desamparadas pelas estradas.
Ela conta que, através dos seus vídeos, consegue localizar as famílias dessas pessoas e, se não encontra, contribui com boas ações “Pelo menos mostrar que não custa nada dar uma água, uma bolacha, uma roupa e uma boa conversa”, diz Cleusa.
Em um de seus vídeos, ela encontra Ernani Amaral, e durante a conversa descobre que ele também é gaúcho. Esse vídeo chegou à sobrinha de Ernani, em Santa Catarina, que imediatamente entrou em contato com a caminhoneira.
“A gente não acreditou. Já fiquei muito emocionada, nervosa. Saí correndo do trabalho. A gente contatou toda família, os amigos ajudando”, relata Gleicimara Amaral ao G1.

Dado como morto
De acordo com a família, Ernani desapareceu em 2001, em Santa Maria, e desde então não teve mais contato com os familiares. Ele chegou a ser dado como morto, e ter a identidade inativada.
Depois do contato da sobrinha de Ernani, Cleusa voltou 70 km para reencontrá-lo e propor seu retorno para o Rio Grande do Sul.
“Agradecer a Deus que colocou a Cleusa no nosso caminho, na estrada onde o tio Ernani estava. A gente não tem palavras para agradecer”, diz a sobrinha. Agora, o homem voltou a morar com a família, e reencontrou o pai, de 87 anos.

Segundo Cleusa, sua iniciativa já ajudou a reunir outras três pessoas em situação de rua com seus familiares através de suas viagens pelo Brasil e seus vídeos nas redes sociais.
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