dois caminhoneiros seguram, cada um em uma ponta, uma faixa escrito "GREVE". Ao fundo, duas mãos de rodovia estão completamente tomadas por caminhões estacionados, durante greve de 2018
Caminhoneiros ameaçam paralisação nesta segunda-feira (16)

Uma nova paralisação de caminhoneiros pode ter início nesta segunda-feira (16) em várias regiões do Brasil.

A mobilização, que começou a circular em grupos de WhatsApp nas últimas semanas, é apoiada pela Confederação Nacional dos Trabalhadres em Transportes e Logísticas (CNTTL), instituição ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

No entanto, o movimento dos caminhoneiros está completamente dividido em relação a uma nova greve.

Ao Estadão, o caminhoneiro Wallace Landim, o “Chorão”, responsável por representar a categoria na interlocução com o governo, afirmou que a classe está sendo alvo de interesses políticos e que os principais pedidos da categoria já estão com data para que sejam atendidos.

Na próxima terça-feira (17), de acordo com ele, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) se comprometeu em publicar o novo Código Identificador da Operação de Transportes (Ciot), ferramenta que vai ajudar a fiscalizar e punir empresas que tem contratado caminhoneiros com preços abaixo do mínimo estabelecido na tabela do frete.

Outra reivindicação é o reajuste do piso míni do frete, que deve ser feito até 20 de janeiro do ano que vem. A expectativa da classe é que esse aumento fique entre 14% e 18%. Outras negociações também estão em andamento para tratar do preço do diesel.

Nas redes sociais, representantes da CUT estão divulgando vídeos em que negam motivações políticas.

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“Estão tentando desvirtuar o movimento dos caminhoneiros, com essa história de que se trata de um movimento político. Quem faz isso tenta desmobilizar a classe”, afirmou o presidente da CUT no Rio de Janeiro, Sandro Cesar.

“Quero saber se tem alguém, em algum lugar desse Brasil, que está feliz com o preço da gasolina, do gás, do óleo diesel. Se tem alguém feliz com isso, deve ter outros interesses”, pontuou ainda.

As informações são do Estadão.