
Blocos de Carnaval tem organizado uma programação independente para sair às ruas em São Paulo durante o feriado de Tiradentes. A organização continua apesar do cancelamento do calendário oficial e sem o apoio da prefeitura.
Os idealizadores utilizam grupos de mensagens para definir listas de horários e locais dos cortejos.
“Temos o direito à livre manifestação, as ruas são do povo”, diz Marco Ribeiro, organizador do bloco do Fuá.
“Somos um bloco comunitário e sairemos com uma pequena estrutura de som e bateria.”, finaliza Marco.
A programação não oficial está em contato com vendedores ambulantes para evitarem a venda de bebidas em garrafas e também com coletivos de catadores de materiais recicláveis.
A divulgação das datas e locais não está sendo feita nas redes sociais para evitar reações da prefeitura. Informações sobre as festas de rua devem se concentrar em listas de transmissão de WhatsApp.
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Nota da prefeitura
Em nota, a prefeitura afirmou que “está empenhada em encontrar uma data consensual com tempo hábil para planejar o evento” e reiterou que o Carnaval de rua exige planejamento extenso, o que inclui alterações no trânsito e no transporte público, infraestrutura, policiamento e serviços médicos.
Os blocos recorreram à Defensoria Pública, que formalizou pedido para que a prefeitura e o comando da Polícia Militar não usem força, afim de evitar dispersões violentas.
A prefeitura afirmou não ter sido notificada sobre o ofício e não comentou o pedido. A Secretaria de Segurança Pública deu a mesma resposta.