Com paralisia cerebral, participante leva um dos maiores prêmios do Quem Quer Ser um Milionário
Com paralisia cerebral, participante leva um dos maiores prêmios do Quem Quer Ser um Milionário

Beatriz Marques é daquelas pessoas que inspiram: no palco do Caldeirão do Huck, a estudante de Biblioteconomia, natural de Niterói (RJ), participou do quadro Quem quer ser um milionário? e conquistou um dos maiores prêmios da história do quadro, levando para casa 100 mil reais.

Acompanhada da avó, dona Maria Dos Santos, ela contou que perdeu a mãe com 4 anos, revelou como lida com sua paralisia cerebral e emocionou a todos com sua história de vida.

“Primeiro eu vou terminar a faculdade e dar uma vida melhor para essa pessoa linda que você viu aqui (a avó). Além de poder viver o resto da vida tranquila”, disse, sobre o motivo de ter se inscrito no quadro.

Beatriz é apaixonada por livros e voluntariado, tem seu tempo dividido entre os estudos, cuidar da avó e da tia e participar de projetos como voluntária. No programa, ela ainda falou sobre seus sonhos: “Eu vou me formar para ser bibliotecária. É muito uma profissão antenada à tecnologia, administração de redes, de sistemas, de tudo”, conta ela.

“Estudar é livro. Eu sempre fui apaixonada por histórias. Eu gosto de estudar tudo relacionado à memória”, completou.

Para levar os R$ 100 mil, ela precisou responder: “Na mitologia grega, as três irmãs Górgonas são Medusa, Euríale e…”.

A estudante acertou em cheio que a resposta era “Esteno” e garantiu R$ 100 mil.

Já na última pergunta: “Marat (Sebastião), obra do projeto “Pinturas do Lixo”, de Vik Muniz com catadores de material reciclável, se baseia no quadro de…”, que valeria 150 mil, ela decidiu parar o jogo.

Mesmo assim, ela conquistou um dos maiores prêmios do quadro e voltou para Nova Iguaçu com 100 mil reais.

Superação

No palco do Caldeirão, Beatriz abriu seu coração ao lembrar da mãe Eliane, falecida há 20 anos, em função de uma doença. Quando ela morreu, Beatriz tinha apenas 4 anos.

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“Eu nasci com 5 meses. Extremamente pequenininha e com paralisia cerebral. Eu só comecei a andar com seis anos. E depois de muita fisioterapia cheguei nesse estágio que você viu. Os médicos diziam que ia afetar tudo, como os casos mais graves, mas depois foi só a parte motora. O que afetou no cérebro é que eu não tenho muito equilíbrio”, detalhou.

A avó ainda contou como foi descoberta a doença.

“Com seis meses eu comecei a desconfiar porque ela não sentava direito. Os médicos diziam que era assim mesmo. Mas até seis meses ela não conseguia sentar. Ela dependeu de mim até os 12 anos. Ela começou a andar com seis anos e eu tinha que levar e buscar da escola. Eu nunca perdi a fé que ela ficaria independente”, revelou ainda a vó, mostrando que a jovem é um enorme caso de superação e força de vontade.

Com informações do Gshow.