
Ana Cristina Gualberto da Silva, de 45 anos, não esteve presente na última aula da faculdade de enfermagem. Por conta de um câncer no pâncreas, em estado terminal, ela deixou o curso no último semestre para ser internada na ala de cuidados paliativos do Hospital de Apoio de Brasília (HAB), cidade em que viva.
O sonho de obter o diploma parecia impossível, mas um ato inédito do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren) fez os planos mudarem.
A Instituição entregou à estudante uma certificação simbólica, um título honorário.
A decisão, segundo disse o presidente do Coren Marcos Wesley, foi tomada “porque nunca é tarde para se realizar um sonho”.
“Vamos realizar o seu último desejo em um ato público inédito, marcante como a vida dela”.
Corrente do bem
Técnica de enfermagem durante toda a vida, Ana Cristina queria mesmo o diploma do curso superior. Mas foi depois dos 40 anos, prestes a realizar o sonho, que a doença apareceu.
A psicóloga Giselle de Fátima Silva, que trabalha com pacientes terminais, vendo o pesar na vida da paciente pediu à colega Ana Catarine Carneiro, que é enfermeira, que entrasse em contato com o Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal para contar a história de Ana Cristina.
E deu certo. A carteirinha entregue à Ana Cristina é inédita. Foi criada especialmente para ela.
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