Caixa com vários chocolates embalados
Denny Müller / Unsplash

Uma pesquisa recente mostrou que, entre 2020 e 2021, o brasileiro começou a consumir mais chocolate em casa. Uma tendência que pode ser explicada pelo aumento do home office, e também pela força da internet no entretenimento. Muitas pessoas, por exemplo, trocaram o cinema pelos serviços de streaming. A consequência disso é a busca por mais chocolate nas compras em supermercados, seja para consumir em apenas um dia ou durante a semana.

A produção de cacau no Brasil é algo que tem crescido constantemente nos últimos anos. Durante o ano passado, foram mais de 500 mil toneladas e um aumento acima dos 40%. Isso fez com que o mercado ficasse cada vez mais aquecido, inclusive para o consumo interno. O brasileiro sempre gostou dessa iguaria, mas a maneira de consumir muda com o tempo e com a rotina no trabalho.

Em entrevista exclusiva à Betway, site de jogos de roleta online, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), Ubiracy Fonseca, comentou sobre as mudanças neste mercado. “Com a penetração do consumo de chocolate chegando à marca dos 58%, observamos que nosso mercado é resiliente e atende continuamente às demandas dos diversos perfis de consumidor, com inovação constante por parte das indústrias.”

A fala de Fonseca mostra que o consumo de chocolates não aumentou apenas em quantidade, mas também em variedade. São diferentes marcas que fazem o brasileiro colocar esse doce quase sempre na lista de compras. Cerca de 84% das pessoas afirmaram que estão sempre em busca de chocolate quando vão ao supermercado. É possível dizer que isso faz parte de uma tradição nossa, sobretudo quando colocamos essa iguaria como sobremesa.

Consumo em casa e semanal

Uma diferença que aconteceu recentemente foi no modo de consumo do chocolate. Atualmente, segundo números do blog Betway Insider, 51% das pessoas preferem consumir em casa. Um salto de 27% entre 2020 e 2021, quando o país passou por algumas restrições e adaptações. O home office e alta dos serviços de streaming ajudaram para isso.

As pessoas começaram a ficar mais em casa, e a busca por chocolates na geladeira ou na despensa só aumentou. Isso também aparece na pesquisa que citamos agora do blog, onde 60% dos amantes de doce lembram do chocolate logo após as refeições. É uma das sobremesas favoritas, inclusive quando acompanhada por um café. Apenas 21% dos entrevistados disseram que preferem comer um chocolate entre as refeições. Ou seja, é possível dizer que o consumo do brasileiro é saudável.

O doce tem motivos para ser mais consumido, inclusive entre as mulheres. Elas afirmam, por exemplo, ser uma maneira eficiente de amenizar os efeitos da Tensão Pré-Menstrual (TPM). Isso também serve para pessoas ansiosas, que podem ficar mais relaxadas ao comer chocolate. Porém, é preciso ter cuidado para não se transformar em algo compulsivo e ruim para a saúde.

Bis, Ouro Branco e Twix se destacam

A variedade acaba sendo o mais importante para algumas pessoas, pois o consumo de chocolate todos os meses exigem uma variação no produto. Alguns se destacam com isso, mesmo sendo mais antigos. É o caso, por exemplo, do Bis, que possui 27% da fatia do mercado. É o favorito de maneira disparada, acompanhado apenas pelo Ouro Branco e pelo Twix, que possuem 20%. Isso mostra que a Lacta é a empresa que mais se destaca no setor.

Entretanto, isso não significa que a Nestlé, a Milka e outras empresas fiquem de fora. O mercado brasileiro é muito grande, e existe espaço para quase todos. É o efeito do chocolate nas pessoas, e também a tradição de usá-lo como sobremesa. Não é coincidência que o brigadeiro seja uma assinatura 100% brasileira. Ele representa o nosso gosto por essa iguaria vinda do cacau.

O consumo de chocolate bateu recorde em 2021, e deve manter isso nos próximos meses. As pessoas viram a vida mudar no ano passado, e começaram a adaptar a forma de consumo, mas ela não deixou de acontecer. O cacau vai continuar fazendo parte da rotina das pessoas, sobretudo com marcas como a Lacta e a Nestlé. A diferença é que será agora um acompanhamento para um filme no serviço de streaming, e não mais no cinema. O chocolate virou uma comida caseira.