A juíza Kathleen Nicola Kilian, de Quixeramobim, no Ceará, se surpreendeu e emocionou ao receber uma carta de um menino, de oito anos de idade, que pedia para que ela o ajudasse a mudar o sobrenome para o do padrasto.
A criança conheceu a juíza ao assistir uma entrevista de Kilian em um programa de TV da região. Na ocasião, ela falava sobre uma ação de doação de cestas básicas a famílias carentes em uma campanha coordenada pela Justiça local.
“Estou te pedindo porque vi no celular a senhora distribuindo cestas básicas para famílias carentes e isto é um verdadeiro ato de amor ao próximo”, escreveu o menino na cartinha. No pedido, ele conta que gostaria de trocar o sobrenome para o do padrasto que, para ele, é seu verdadeiro pai.
“Senhora juíza, queria pedir encarecidamente que a senhora troque meu nome. Meu nome é (…) de Sousa. E quero tirar o sobrenome Sousa. É o sobrenome do meu pai biológico”, escreveu à lápis em uma folha de papel. “Gostaria muito de usar o sobrenome do meu verdadeiro pai, e ele sim é um pai de verdade pra mim. Esteve nos momentos bons e ruins”.
A mãe do menino disse que ele é criado desde os 3 anos pelo atual companheiro dela e que, apesar de não ser pai biológico, a relação entre os dois é muito forte.
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Resposta
Emocionada com o relato do menino, a juíza resolveu responder à carta. Assim, contou ao garoto que, pela lei, é possível fazer a inclusão do sobrenome do padrasto. Ela encaminhou o caso para a Defensoria Pública e agendou um atendimento para o menino.
“Lá eles vão escutar a todos e formalizar o pedido aqui na Justiça, no Fórum de Quixeramobim, para que possa tomar decisões”, escreveu a juíza. Além disso, Killian escreveu uma mensagem de esperança para a criança:
“Mantenha sempre seu senso de justiça. Tenha interesse pelos seus direitos e pelos direitos de todos. Estude, seja verdadeiro, sinta, tenha coragem e se comprometa com os seus sonhos. No final do dia o que faz a diferença é o que nos emocionou e o quanto sensibilizamos as pessoas.
