Embora a pouca idade, o menino Juan Yure Chagas, de 10 anos, já luta há quatro anos contra o osteossarcoma, um tipo de câncer que afeta os ossos. Depois de passar pela quimioterapia durante dois anos e precisar amputar a perna direita, hoje, já com alta médica, Juan se encontrou no surfe.
Por meio do esporte, promovido pelo ‘Projeto A Maré Vida’, da comunidade do Titanzinho, em Fortaleza, ele passou a desenvolver um novo olhar sobre a vida. “Me sinto livre e muito bem. É muito bom saber que pessoas como eu sabem surfar, é incrível estar superando os limites”, declara.
Jennifer Gomes, mãe de Juan, percebe a alegria do filho. “Ajudou muito, ele gosta e diz que no mar se sente livre para fazer o que quiser e não sente que tem só um perna”, destaca.
A família do garoto descobriu a doença em novembro de 2014, quando o garoto se acidentou em casa. “Juan machucou a perna e, ao realizar os exames posteriores, foi detectado o câncer. Foi um momento terrível, acabou com a gente no primeiro momento. Dois anos de muita dor e aflição, mas que tivemos apoio de amigos e do Hospital Peter Pan”, lembra Jenniffer.
Hoje, Juan precisa de acompanhamento a cada seis meses no Centro Pediátrico do Câncer. Ele faz parte do grupo de 2.462 crianças e adolescentes atendidas pelo Hospital Peter Pan, em parceria com o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), em Fortaleza.
Agora, Juan já começa a guardar as primeiras medalhas dos campeonatos de surfe que participa. Seu maior sonho é ser surfista profissional. “O surfe é meu maior amor e os meus sonhos são muito altos. Conseguir juntar toda minha família, viver bem e poder todo dia ir para a praia brincar”, conclui.
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Setembro Dourado
Além de ser conhecido como o mês de prevenção ao suicídio, setembro também exibe o laço dourado, conta o câncer infantil. Na infância, os tipos de câncer que predominam são a leucemia e os tumores do sistema central, doenças com índices altos de cura, por isso, a importância da conscientização e prevenção.
Não há uma causa clara para o surgimento de câncer em crianças, mesmo com diversos estudos científicos na área. Acredita-se que estejam ligados às questões genéticas, mas não se pode afirmar concretamente.
Febre persistente, sem identificação da causa, dores de cabeça que não passam, criança mais sonolenta e perdendo peso consideravelmente são alguns dos principais sintomas.
Fonte: G1
