
O governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (10), uma proposta de aumento salarial de 20% para os servidores públicos das áreas da saúde e segurança no estado. Para os demais funcionários, o reajuste será de 10%. O projeto de lei será enviado para a Assembleia Legislativa na próxima semana.
Na área da segurança pública, serão contempladas Polícia Civil, Polícia Militar, Bombeiros, Polícia Científica e Agentes Penitenciários. Já na saúde, o aumento é destinado a médicos, agentes de saúde, auxiliares técnicos e enfermeiros.
A medida contempla ativos, inativos e pensionistas. Para ser sancionado, o texto precisa ser votado e aprovado pelos deputados. “Temos que respeitar a autonomia da Assembleia Legislativa. Estamos otimistas que a Assembleia debaterá e aprovará. Não vejo nenhuma razão para que isso não aconteça”, disse Doria.
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Em nota, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) afirmou que recebeu o anúncio “como um alento para a classe policial”. “Com a recomposição, o Governo somente recupera os salários dos policiais dentro do seu período de administração, visto que a inflação acumulada desde o início da gestão Dória soma 19,43%. A recomposição de 20% é um justo e devido reconhecimento aos policiais, e também aos profissionais de saúde, servidores que seguiram trabalhando durante a pandemia, colocando em risco as suas vidas e as vidas de seus familiares”, diz o texto.
Já a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP) afirmou que, mesmo com o reajuste, “os policiais civis paulistas permanecem entre os cinco piores salários de todo o Brasil”. “Infelizmente, a recomposição anunciada não cobre nem mesmo a inflação do período 2018-2022, que chegou aos 25,15%. Em 2018, durante sua campanha, o governador se comprometeu a ‘colocar os policiais de São Paulo entre os mais bem pagos do país’. Com o reajuste anunciado hoje, os policiais civis paulistas permanecem entre os cinco piores salários de todo o Brasil”, diz a entidade.