
Os ferroviários de São Paulo anunciaram que irão iniciar uma greve nesta quarta-feira (26), em protesto contra a privatização das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A decisão foi tomada durante uma assembleia organizada pelo Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, realizada na última quinta-feira (20).
Linhas afetadas pela greve
As linhas que serão impactadas pela paralisação incluem:
- Linha 11-Coral
- Linha 12-Safira
- Linha 13-Jade
Essas linhas são responsáveis por conectar a região central da capital paulista à zona leste e a cidades importantes da Grande São Paulo, como Mogi das Cruzes, Suzano e Guarulhos.
Preparativos para a greve
Antes do início da greve, os ferroviários também decidiram formar uma comissão de negociação e realizar um ato público na terça-feira, 25 de março, em frente à Bolsa de Valores (B3) de São Paulo.
O local foi escolhido devido ao leilão planejado pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que está previsto para acontecer na sexta-feira (28), e que visa conceder as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade à iniciativa privada.
Programa de privatizações
O programa de privatizações é considerado uma das principais apostas do governador Tarcísio de Freitas como vitrine de sua gestão. Entretanto, ele enfrenta forte oposição de sindicatos, setores da esquerda e críticas devido ao histórico de problemas enfrentados por outras linhas da CPTM que foram privatizadas.
O governo planeja diminuir os intervalos das linhas para atingir uma frequência de três minutos entre trens, similar à do metrô. Além disso, a proposta inclui a construção de oito novas estações e a reforma de outras 24 já existentes. O investimento total previsto é de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos.
Críticas dos ferroviários
Os ferroviários argumentam que a concessão das linhas restantes da CPTM será semelhante à experiência vivida com as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, que foram concedidas à ViaMobilidade.
Em 2023, o Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo (MPSP) homologou um acordo com a concessionária, que prevê o pagamento de R$ 786 milhões como compensação pelas falhas operacionais ocorridas desde o início da concessão.
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