
O Ministério da Economia e o Governo Federal pretende vender 100% do capital da companhia, segundo revelou o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cor. As informações são do jornal O Globo. A intenção da pasta é vender integralmente o controle da estatal, através de um leilão tradicional, ou como resumiu o secretário à publicação, “com abertura de envelopes”. Quem adquirir a companhia levará os ativos e os passivos.
A votação do projeto dos Correios na Câmara dos Deputados está marcada para a próxima semana, antes do início do recesso parlamentar. O cronograma do Governo Federal prevê que o leilão da companhia aconteça em março de 2022, mesmo trimestre em que a Eletrobras deve ser privatizada, mas, para isso, é necessário que o Congresso Nacional aprove.
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“A intenção é publicar o edital dos Correios neste ano, provavelmente em dezembro. Por isso é tão importante votar na Câmara antes do recesso. Se não, o cronograma começa a ficar comprometido. O projeto precisa estar resolvido até agosto. Publicamos o edital em dezembro para que a licitação ocorra em março”, comenta Diogo Mac Cor, em entrevista ao O Globo. O projeto enviado à Casa legislativa prevê a obrigação do atendimento a regiões remotas e os serviços de interesse social.
O valor de venda da estatal ainda não foi definido pelo Governo. O último balanço dos Correios, feito em 2020, indica que os ativos circulantes e nãos circulantes somam R$ 14 bilhões. Uma análise do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDS) calculou que a companhia tem passivo de R$ 13 bilhões. Ano passado, os Correios arrecadaram cerca de R$ 5,5 bilhões com o serviço de correspondência. Com encomendas, a receita chegou a R$ 11 bilhões.
Ainda conforme a análise do BNDS, a estatal teve um lucro líquido de 1,5 bilhão em 2020, dos quais R$ 900 milhões de efeitos não recorrentes, como adiamentos de impostos, resultado financeiro e reversão de provisões.
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		