
“Inexplicável” é o termo que o técnico de enfermagem, Gustavo Henrique Quintino (25) usa para descrever a sensação de ter aplicado a primeira dose da vacina contra Covid19 na avó, Marlene Reeck (80). A imunização aconteceu em Joinville, norte de Santa Catarina, no dia 1º de março. “Foi emocionante e gratificante”, conta o neto.
A idosa, que tem problemas cardíacos, de circulação e hipertensão, a princípio tinha receio de ser vacinada. Mas, após conversa com o neto Gustavo, se convenceu.
“Eu ter convencido minha avó e conseguido eu mesmo aplicar a vacina foi algo inexplicável. Ela disse que não doeu nada”, afirma.

No combate da pandemia
Em entrevista ao G1, Gustavo Henrique conta que está desde o início da pandemia atuando na linha de frente de combate à Covid19. Neste período, atuou na estabilização de pacientes contaminados nas enfermarias de Joinville e fez plantões na vigilância epidemiológica. Atualmente, trabalha na Central de Imunização, e comemora as imunizações contra a doença.

Perda na família
Um dos motivos que fizeram dona Marlene inicialmente se recusar a receber a vacina, foi uma perda na família pela doença. Em setembro de 2020, a filha de dona Marlene, Sandra, ficou quatro dias internado e morreu por complicações da doença.
“Ela mudou de ideia e aconselha todo mundo a tomar vacina, porque ela não quer que ninguém passe pelo o que ela passou”, comenta Gustavo.
Sandra tinha 59 anos e Síndrome de Down, além de ser portadora de Alzheimer.
“Minha avó chora até hoje e sente muito a falta dela. Foi bem triste para a gente não pode ter velório, foi só o sepultamento em 10 minutos e pronto. Foi bem traumatizante”, lamenta Gustavo.
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		