
Quatro cruzes vestidas com camisas das polícias Militar e Civil foram instaladas na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (30), em uma homenagem aos policiais mortos na megaoperação realizada dois dias antes nos complexos da Penha e do Alemão. A ação simbólica, organizada pela ONG Rio de Paz, buscou destacar o luto das corporações e a memória dos agentes que perderam a vida em serviço, segundo informações do g1.
Tributo nas areias de Copacabana
As cruzes traziam as camisas das instituições e, abaixo delas, as fotos dos quatro policiais: Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos; Rodrigo Velloso Cabral, de 34; Cleiton Searafim Gonçalves, de 42; e Heber Carvalho da Fonseca, de 39. Todos foram mortos em confronto durante a operação, que deixou mais de 120 mortos ao todo.
De acordo com o g1, Marcus Vinícius, conhecido como Máskara, havia sido promovido recentemente a chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita). Seu velório ocorreu na quarta-feira (29), na Ilha do Governador. Já o inspetor Rodrigo Cabral, que estava há apenas dois meses na Polícia Civil, foi velado no mesmo dia, no Cemitério Memorial do Rio, em Cordovil. Ele era casado há 17 anos e deixou uma filha.
Nas redes sociais, a esposa de Rodrigo expressou a dor da perda e ressaltou o orgulho pela trajetória do marido, destacando sua coragem e dedicação à profissão — relato publicado pelo g1.
Velórios no Bope e cortejo pela cidade

Os sargentos Cleiton Searafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca, ambos do Bope, foram velados na manhã desta quinta (30) na sede do batalhão, em cerimônia que reuniu familiares e autoridades. Segundo o g1, o secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, afirmou que o momento é de luto e dor, mas também de reafirmação do compromisso da corporação com a população, prometendo uma resposta “à altura desses heróis”.
O comandante do Bope, tenente-coronel Marcelo Corbage, também prestou homenagem e lembrou o gesto de bravura de Cleiton, que teria salvo um colega ferido antes de ser atingido.
Durante o cortejo, o corpo do sargento Heber foi conduzido em um carro aberto do Corpo de Bombeiros até o Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, onde foi sepultado às 11h. Já o corpo de Cleiton foi enterrado no fim da tarde, no Cemitério Municipal de Mendes.
Despedidas emocionadas e dor da violência
Em depoimento ao g1, o tio de Cleiton relatou a tristeza da família e lamentou a violência que vitimou o sobrinho. Ele descreveu a perda como “uma pancada no coração” e afirmou que é muito difícil aceitar uma morte causada pela rotina violenta do Rio.
Marcus Vinícius e Rodrigo também foram lembrados por colegas durante as cerimônias. Segundo o g1, um amigo de Marcus afirmou que, apesar dos riscos, os policiais seguem firmes no dever de proteger a sociedade.
Conforme informações do governo estadual publicadas pelo portal, além dos quatro policiais, todas as demais vítimas da operação eram consideradas criminosas.
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		