Brigadistas trabalhando no Pantanal. (Foto: EPA)
Brigadistas trabalhando no Pantanal. (Foto: EPA)

A partir da meia-noite desta quinta-feira (22), os agentes de combate a incêndios de todo o país foram solicitados a interromper os trabalhos após pedido do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais).

A determinação de suspensão dos trabalhos das brigadas foi assinada pelo Chefe do Centro Especializado Prevfogo/Dipro, Ricardo Vianna Barreto.

Trecho de circular que determina o recolhimento de brigadas de incêndio florestal do Ibama.
Trecho de circular que determina o recolhimento de brigadas de incêndio florestal do Ibama — Foto: Reprodução

Essa decisão do órgão acontece dois meses depois de Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, ter afirmado que o combate às chamas do Pantanal e da Amazônia seria suspenso. O motivo seria o bloqueio da verba para o serviço. Além disso, o Ibama é subordinado do Ministério.

Porém, horas depois do anúncio de Salles em agosto, o vice-presidente, Hamilton Mourão, desautorizou a medida. De acordo com ele, a verba não seria bloqueada e que o ministro “teve uma precipitação”.

Queimadas bateram recordes

Os focos de incêndio registrados na floresta Amazônica de janeiro a setembro de 2020 foram os maiores desde 2010, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Apenas em setembro desse ano, 14% do Pantanal foi destruído pelas chamas. Assim, essa foi a maior devastação registrada no bioma desde o início das medições pelo governo federal, em 2002.

A área atingida só em 2020 tem cerca de 33 mil km² e é o equivalente aos territórios do Distrito Federal e do Alagoas, somados.

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