Paulo Gustavo, Ju Amaeral e Thales Bretas
Foto: Reprodução/Instagram

Neste sábado (29), a irmã do ator Paulo Gustavo, Ju Amaral, fez uma postagem nas redes sociais respondendo Jair Bolsonaro pela mensagem de condolências que o presidente fez após a morte do ator aos 42 anos, vítima da Covid19.

“Meus votos de pesar pelo passamento do ator e diretor Paulo Gustavo, que com seu talento e carisma conquistou o carinho de todo Brasil. Que Deus o receba com alegria e conforte o coração de seus familiares e amigos, bem como de todos aqueles vitimados nessa luta contra a Covid”, escreveu o presidente nas redes na ocasião.

“Sr. presidente, me disseram algo sobre o senhor ter postado condolências à minha família. Só agora tive forças de vir responder como o senhor merece, e o mínimo que eu posso lhe dizer é que, por coerência, nunca mais ponha na sua boca o nome do meu irmão”, escreveu Ju Amaral. “Essa boca que disse não à vacina e condenou tantos à morte, essa mesma boca que debochou imitando pessoas com falta de ar, pessoas que viveram o horror que meu irmão viveu, não pode ser usada para pronunciar o nome dele nem lamentar a morte de todos os vitimados pela Covid.”

Na postagem, a irmã e produtora do humorista usou a imagem de uma tatuagem que fez em homenagem a Paulo, com uma frase dita em um de seus especiais de TV: Rir é um ato de resistência.

Tatuagem feita por Ju Amaral, em homenagem a Paulo Gustavo (Foto: Reprodução/Instagram)

O texto escrito por Ju continua: “Também espero que o senhor não despeje sobre minha família os seus mais sinceros sentimentos, pois eu não os aceito. Não sei que sentimentos tem um homem que deixa um país inteiro entregue à morte. Guarde pra você seus sentimentos e não nos obrigue a lidar com eles. Seus votos de pesar também peço que deposite em sua própria consciência, pois é sobre o seu governo que pesa a pior gestão desta pandemia mundial. Espero que o senhor saiba que meu irmão e você não tinham nada em comum. Vocês trafegam em vias opostas. Enquanto ele ia na estrada da vida, do afeto, da generosidade e empatia, o senhor vem pelas trevas, trazendo escuridão e morte. O Brasil que o senhor comanda carrega nas costas quase 500 mil filhos mortos, e dentre eles o meu irmão.”