
Preso desde 2008 pela morte da ex-namorada, Eloá Cristina, Lindemberg Alves pediu à Justiça a progressão para cumprir sua pena em regime semiaberto. Até o momento, ele cumpre sua pena de 39 anos de prisão na Penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé.
Ainda não há prazo para que a solicitação seja analisada, e está pendente da análise da juíza Sueli Zeraik, da Vara de Execuções Penais. Zeraik pontuou bom comportamento do detento, mas também pediu para que Lindemberg passe por um exame criminológico antes da avaliação do pedido.
O exame é realizado por um psiquiatra, psicólogo, ou assistente social do sistema prisional, que é nomeado pelo judiciário. Assim, é possível analisar se a pessoa tem as condições necessárias para estar em liberdade.
Assim como Lindemberg, Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais, e Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da enteada Isabela também pediram a medida e foram submetidas ao exame antes da concessão do benefício.
A solicitação da progressão foi feita pela defesa de Lindemberg ainda em setembro, onde levaram em consideração o tempo de pena já cumprido e a remissão. Com o trabalho que efetuou na unidade, o detento teve 313 dias da sentença perdoados.
No regime semiaberto, os presos têm direito a cinco saídas temporárias no ano, como nos feriados de Dia dos Pais e Natal.
Ainda não há previsão de quando Lindemberg passará pelos exames exigidos pela Justiça. Depois dessa etapa, os laudos serão avaliados pela juíza que irá decidir sobre o pedido de progressão da defesa.
Caso Eloá
No dia 13 de outubro de 2008, Lindemberg Alves invadiu o apartamento em que a ex-namorada, Eloá, morava com os pais, em Santo André. Na época entregador de pizzas, Lindemberg estava armado e foi ao local com a intenção de reatar o namoro com Eloá.
No apartamento, ele manteve Eloá e mais três colegas de escola dela como reféns. Depois de um tempo, ele liberou os dois meninos, ficando apenas Eloá e sua amiga, Nayara.
A amiga chegou a ser liberada no dia 14 de outubro, mas por orientação da Polícia Militar, retornou ao local para tentar resgatar Eloá. A estratégia não deu certo e a menina voltou a ser mantida como refém por Lindemberg.
No dia 17 de outubro, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) explodiu uma bomba no local, após escutar um “tiro”, que na realidade era o barulho de uma mesa. Antes que a equipe da PM invadisse o local, Lindemberg ainda conseguiu balear Nayara, que sobreviveu. Além disso, o sequestrador acabou atirando duas vezes em Eloá, que acabou morrendo.
Ele foi condenado a 90 anos de prisão, pelo assassinato de Eloá e também por mais de 11 crimes cometidos durante o sequestro. Ao júri, Lindemberg confessou ter atirado nas meninas, mas alegou que se assustou com o barulho da bomba do Gate. Logo depois, sua pena foi reduzida pela Justiça para 39 anos.
Com informações do G1.