
O arquiteto brasiliense Luiz Perillo, de 35 anos, morreu após passar por um transplante multivisceral — cirurgia considerada uma das mais complexas da medicina, que envolve estômago, pâncreas, fígado, intestino e rim. A morte foi confirmada por familiares nas redes sociais nesta terça-feira (30). A causa exata do óbito não foi divulgada.
Uma luta acompanhada pelas redes sociais
Perillo ganhou visibilidade ao compartilhar nas redes sociais sua jornada na fila de transplantes ao longo dos últimos quatro anos. O último vídeo publicado em seu Instagram mostrava a esperança renovada: o hospital havia encontrado um doador compatível para os cinco órgãos.
A necessidade da cirurgia surgiu após o diagnóstico de trombofilia, condição que favorece a formação de coágulos sanguíneos. A doença comprometeu a veia porta — essencial para o funcionamento do sistema digestivo — e levou à falência de múltiplos órgãos.
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Complicações antes da cirurgia
Semanas antes do transplante, o arquiteto enfrentou um quadro infeccioso e passou mais de uma semana internado. Pouco depois, recebeu a notícia de que seus acessos para alimentação e diálise estavam em risco devido à trombofilia. Esse agravamento acelerou o processo e possibilitou que ele fosse submetido ao transplante múltiplo.
Transplante multivisceral agora disponível no SUS
No início de 2025, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação do transplante de intestino delgado e multivisceral ao Sistema Único de Saúde (SUS). A medida, recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), amplia as alternativas de tratamento definitivo para pacientes com falência intestinal ou outras condições raras ligadas à insuficiência de órgãos abdominais.
A trajetória de Luiz Perillo, marcada por coragem e esperança, deixa uma forte mensagem sobre a importância do acesso a tratamentos complexos pelo sistema público de saúde e sobre a relevância da doação de órgãos.
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