Caminhoneiro ao lado de caminhão
Foto: Marcelo Casal/Agência Brasil

Caminhoneiros autônomos de todo o Brasil prometeram uma nova paralisação das rodovias do país nesta segunda-feira (1º). A categoria se mostra totalmente insatisfeita com a falta de comunicação com o governo federal, e ainda protestam pelos frequentes reajustes nos preços do diesel.

Assim, a greve deve novamente trazer consequências à economia do Brasil e obrigar que as autoridades atendam as reivindicações dos caminhoneiros. Por isso, como precaução, o Ministério da Agricultura chegou a conseguir na Justiça uma liminar para impedir a paralisação, em pelo menos 20 estados brasileiros.

De acordo com matéria do portal Metrópoles, a maioria das lideranças dos grupos de caminhoneiros não aprova esse eventual bloqueio das rodovias. Mas, ainda assim, a “ameaça” não pareceu impactar outros motoristas autônomos. Sendo assim, a possibilidade da greve acontecer ainda existe, o que preocupa o Ministério.

Além disso, agora os caminhoneiros também mostram estar irritados com o ministro Tarcísio de Freitas, que tem dado várias declarações minimizando os riscos da greve, e causando mais revolta nos profissionais.

Críticas do Ministro

Freitas disse, durante uma palestra pública, que os autônomos são minoria no setor e pontuou que a falta de apoio das transportadoras acabaria com o movimento.

“Eles tentam aproveitar o que aconteceu em 2018 [uma grande greve de caminhoneiros que realmente parou o país], mas o que aconteceu em 2018 não vai acontecer tão cedo. A turma que financiou 2018 tá fora. Nosso único desafio é não deixar bloquear rodovia”, disse Tarcísio de Freitas.

Greve de grandes proporções

Desde então, a movimentação para a paralisação ganhou mais força. Nos últimos dias, os caminhoneiros conseguiram a adesão das principais centrais sindicais do país, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical. Na quinta-feira (28), as entidades sindicais divulgaram uma nota conjunta em apoio às pautas dos caminhoneiros, como a redução do preço do diesel e a revisão da política de preços da Petrobras.

Na sexta (29/10), o presidente da Central dos Sindicatos do Brasil (CSB), Antonio Neto, previu que a paralisação terá grandes proporções. “A greve vai acontecer à 0h do dia 1º de novembro. O Brasil vai começar a parar. Estamos apoiando esta greve. Esses excessos de preços causam revolta em todos os trabalhadores brasileiros”, afirmou.

“Esta greve é de todo o povo brasileiro. É de quem está tendo de comprar gás e não consegue pagar, a energia está subindo… o povo brasileiro não aguenta mais pagar os lucros bilionários de meia dúzia de acionistas”, acrescentou Neto.

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