
Sérgio Marcilliano, morador de Angatuba de 23 anos, é mais um dos apaixonados pelas histórias de Monteiro Lobato, e contou ao G1 que, desde os 4 anos de idade, ele relê os livros do Sitio do Pica-Pau Amarelo, acompanha o elenco das séries e coleciona revistas e bonecos, e de acordo com Sérgio, atualmente ele tem mais de 800 itens da coleção da história, e que ficam dentro de um quarto reservado.
Cada objeto tem um lugar especial, mas os gibis publicados na década de 70 e a tiragem original de “Reinações de Narizinho” são os mais preciosos da coleção, na opinião e Sérgio. Porém, outro item que chama bastante atenção é a fantasia inspirada no personagem Visconde de Sabugosa.
Sérgio é responsável por um grupo teatral e utiliza a fantasia dentro e fora dos palcos. Por isso, os moradores da cidade paulista até o apelidaram de “Visconde de Sabugosa de Angatuba”, título que o jovem leva com orgulho. “Eu não me sinto ofendido. Ao contrário, acho carinhoso e bacana o reconhecimento das pessoas. Dessa forma sinto que contribuo para a divulgação da literatura brasileira” contou Sérgio.
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Quando não está vestido de Visconde de Sabugosa, Sérgio Marciliano trabalha em um supermercado de Angatuba, já que, aos finais de semana, ele tem um compromisso marcado: ensinar crianças e adolescente a encenar e a editar vídeos.
A iniciativa faz parte do projeto “Chácara Queto”, um grupo de teatro que reproduz as histórias de Monteiro Lobato. Segundo ele, o objetivo é levar a literatura para crianças e adolescentes, de modo que elas ampliem o conhecimento cultural. “Eu notei que muitas crianças e adolescente ficavam nas ruas, expostas. Então pensei em iniciativas que juntassem a minha paixão pelo ‘Sítio do Pica-Pau Amarelo’. A ‘Chácara Quito’ é uma forma de levar a literatura e distrair as crianças e adolescentes de Angatuba”, explica Sérgio.