
Há cerca de 10 dias, um vídeo viralizou na internet, que mostra um motoboy sendo derrubado e atacado por um porco enquanto realizava uma entrega. O motociclista é William de Souza Rodrigues (43), que depois do ataque ficou, além de ferido, traumatizado.
“O que mais me chateia é que diversas pessoas estavam vendo o porco me atacar e não fizeram nada para me ajudar. Se fosse uma criança, tinha morrido”, desabafou o profissional. Depois do ataque, William precisou levar 14 pontos e está sem trabalhar.
Em entrevista para o portal Voaa (Razões para Acreditar), ele afirmou que não quer mais trabalhar com moto após o acidente. Inicialmente, William dava aulas de Zumba, mas por causa da pandemia, ficou sem aulas e, há 8 meses, encontrou como saída para o sustento da família o trabalho de entregador.
A esposa de William trabalha como faxineira em uma escola, mas o salário não é suficiente para quitar todas as dívidas da casa da família. Moram com eles ainda os dois filhos do casal, de 13 anos e 1 ano de idade.
Vaquinha online
Um dos amigos de William criou uma vaquinha online e conseguiu arrecadar R$ 10 mil para ajudar a família provisoriamente. Além disso, criaram uma página de arrecadação [clique aqui para acessar] para a compra de um carro, para que ele possa trocar de função e dirigir como motorista de aplicativo.
Atualmente, a família tem um veículo Fox 2009. No entanto, esse modelo de carro não é aceito pelo aplicativo de viagens particulares. O veículo da família também tem dívidas.
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Autuação
Depois do ataque do porco, foi descoberto que o animal estava sendo criado em um chiqueiro clandestino em uma área de preservação ambiental. Assim, a Prefeitura de Franca, São Paulo, onde o caso aconteceu, abriu um processo administrativo e autuou o proprietário do porco.
Ainda de acordo com a prefeitura, o homem se comprometeu a levar o animal para uma chácara, onde reside com a família. Nos próximos dias, uma equipe da Vigilância Sanitária deve ir ao local para avaliar as condições do animal.