
Caroline Cavalcante Monteiro é mãe de Daniel, de 4 anos, que é autista. Nesta semana, Caroline denunciou nas redes sociais que a família foi expulsa de um clube, no Distrito Federal, por levarem comida especial para a criança, na última quinta-feira (25).
De acordo com a mãe, Daniel tem seletividade alimentar severa devido ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Dessa forma, o menino não come qualquer alimento. Em suas redes sociais, a mulher relatou o caso em um vídeo.
“Crianças autistas têm aversão ao toque, sensibilidade no paladar, a texturas e preferências por cores. Ele só toma suco de uva e só um tipo de salgadinho desde os dois anos de idade”, explicou, em entrevista ao g1. “Estamos muito tristes. É tudo bem confuso, uma sensação angustiante e humilhante”, completou.
Em nota, o Clube Águas Correntes negou ter proibido a entrada de alimentos especiais para Daniel e que expulsou a família. Além disso, no comunicado o clube informou que a equipe teria orientado que “não seria permitido a entrada de alimentos para os demais”.

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Experiência no clube
Caroline explicou que a família foi até o clube após pesquisar por um local que atendesse as necessidades do filho. De acordo com a mãe, ao chegar no clube, a família apresentou a documentação de Daniel e solicitou a entrada no clube com os alimentos especiais para o menino.
O pai de Daniel ainda teria ido até a lanchonete no clube, para conferir se havia alimentos que o filho consumisse, mas não encontrou. Caroline conta que o pessoal do clube vistoriou o carro e restringiu a quantidade de comida para o menino. “Eu estava com 4 caixinhas de suco, só entramos com uma. Dois salgadinhos, entramos com um”, contou a mãe.

Assim, após entrarem no clube e irem para a área da piscina, um segurança teria abordado a família, e questionado o motivo de estarem com alimentos que não compraram dentro do local. Dessa forma, mostraram novamente o documento que comprovam que Daniel é autista. “Mesmo assim o segurança afirmou que não tínhamos autorização para isso”, contou Caroline.
Depois disso, segundo a mãe, o segurança foi até a administração do clube, e voltou cerca de 30 minutos depois.
“O mesmo segurança voltou dizendo que iria recolher todos os alimentos ou que a gente se retirasse do clube”, denunciou a mãe.
Neste sábado (27), Caroline contou que foi até a delegacia da Cidade Oriental, para registrar um boletim de ocorrência. No entanto, não conseguiu fazer o registro no posto.