
O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, utilizou as redes sociais para criticar os eventos pelo Dia da Consciência Negra. Ele é conhecido por atacar movimentos negros e por não reconhecer Zumbi como herói, Camargo ironizou a data chamando de “vitimização”.
“Sugestões para dar credibilidade à data, já que consciência não tem cor: Dia da Mente Negra Escravizada pela Esquerda, ou Dia do Culto ao Ressentimento pelo Passado. Opcionalmente, Dia da Vitimização do Negro. Considerem também Dia de Luta pela Divisão Racial do Povo. Por nada”, escreveu Camargo no Twitter.
O presidente da fundação também fez diversas postagens criticando o maior líder quilombola, o Zumbi dos Palmares.
Sérgio Camargo, desde que está na presidência da Fundação Palmares, tem sido alvo de diversas polêmicas e críticas em sua gestão. Ele se define como “negro de direita, antivitimista, inimigo do politicamente correto, livre”.
Nomeado presidente da Fundação Palmares em novembro do ano passado, ele chegou a ter sua nomeação suspensa por decisão judicial, mas voltou à presidência em fevereiro deste ano, depois de uma liberação do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
O presidente da fundação já tentou várias vezes minimizar o racismo sofrido por negros no Brasil e chamou movimentos negros de “conjunto de escravos ideológicos”. Com frequência, o presidente ataca artistas e personalidades negros.
Desde que assumiu a presidência da Fundação, a instituição Ignora o Dia da Consciência Negra e não realiza e nem apoia qualquer evento no município de Serra da Barriga, em União dos Palmares (AL), que historicamente promove uma extensa programação especial em homenagem à data e a Zumbi.
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Recentemente, Camargo foi afastado da gestão de pessoal da Fundação Palmares. Na prática, ele está proibido de nomear, exonerar, conceder gratificações aos servidores, contratar funcionários e/ou cancelar contratos com empresas terceirizadas.
A decisão proferida pela Vara do Trabalho atende a um pedido do MPT (Ministério Público do Trabalho), que alegou que Camargo estava promovendo assédio moral e perseguição ideológica contra funcionários da Palmares.
Fonte: Uol.