Primeira relações públicas com síndrome de Down no Brasil se forma em Minas
Primeira relações públicas com síndrome de Down no Brasil se forma em Minas

Conseguir um diploma é uma conquista para muitos brasileiros, mas no caso de Luísa de Souza Rocha foi uma realização inédita: ela é a primeira mulher com Síndrome de Down a se formar em Relações Públicas no Brasil, segundo Conselho Regional. 

Aos 25 anos, Luísa colou grau no mês de agosto, sob aplausos dos colegas e familiares. “Foi bom demais. Eu falo que a Alice [filha mais velha] foi maravilhoso ver se formando. Mas a Luísa, quando se formou, para mim, é como se tivesse feito mestrado, doutorado”, disse a mãe de Luísa, Marisa de Souza Rocha. “Calma, mãe! Que eu vou fazer ainda”, brinca a jovem. 

Luísa foi destaque acadêmico e sempre foi uma aluna aplicada e no futuro pretende se qualificar ainda mais. “Quero também dar aulas. Meu professor falava que eu tenho que ensinar também”, disse.

Antes de escolher o curso de Relações Públicas, Luísa passou por vários testes vocacionais na escola. “Deu humanas. Sou muito comunicativa. Fiquei pesquisando e me apaixonei pela profissão. Até hoje pesquiso muito”, afirma. 

Durante o curso, Luísa trabalhava numa rede de supermercados, mas deixou o emprego para estagiar na área, dentro da própria faculdade. Assim, ela descobriu a área que pretende atuar: “Gosto da parte de eventos e de jornalismo”. 

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Os anos de estudos foram acompanhados pela mãe e pela irmã, cinco anos mais velha. “Alice é uma irmã que ‘empurra’ a Luísa. É engenheira mecânica, mas acompanha a mais nova em tudo. É ela quem tem a agenda toda da caçula”, detalha Marisa. 

“Ela é metade minha irmã, metade mãe. É a minha ‘irmãe’, brinca a jovem recém-formada. 

Inclusive, a ‘irmãe’ acompanha de vez em quando Luísa nas baladas. Luísa conta que adora sair sozinha com os amigos, beber uma cervejinha, mas ainda “não namora”. 

Além disso, a jovem criou um projeto chamado ‘Bagaceira’, que uma vez por mês, ela leva outros jovens com Down para aproveitar a balada e a conquistar autonomia nas atividades do dia a dia. 

Com informações do G1.