Angelita Habr-Gama
Angelita Habr-Gama (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

Angelita Habr-Gama, médica e professora brasileira, entrou na lista dos 2% de cientistas mais influentes do mundo. O reconhecimento partiu de um relatório preparado por uma equipe de especialistas da Universidade de Stanford (EUA).

A pesquisadora de 89 anos é cirurgiã coloproctologista, formada pela Faculdade de Medicina da USP e professora emérita da na mesma universidade que se formou.

Foi a primeira mulher a fazer residência em cirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), e tem mais de 50 prêmios científicos nacionais e internacionais.

Em 2006, ganhou o prêmio Forbes de Mulheres Mais Influentes do Brasil.

“Esse reconhecimento é um estímulo para os médicos e cientistas brasileiros, é um estímulo para progressão na carreira de outras pesquisadoras”

Disse Angelita ao jornal Estado de S.Paulo, em reportagem desta terça-feira, 5.

Segundo ela, a expectativa é de que reconhecimentos como esses sirvam de inspiração para outros cientistas trilharem caminhos parecidos.

A cientista foi contaminada pelo coronavírus em 2020 e passou cerca de 50 dias internada no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Carreira e pioneirismo

Pioneira, criou a disciplina de Coloproctologia na mesma instituição e foi a primeira a chefiar o departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da universidade.

A cirurgiã é reconhecida por alterar o paradigma mundial adotado durante quase todo o século XX para o tratamento do câncer do reto baixo.

Fundou a Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino (Abrapreci) e preside inúmeras sociedades científicas, é membro honorária no centenário American College of Surgeons.

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