
Jhovanny Duran, um homem colombiano que mora no Brasil há dez anos, ficou conhecido na última semana por um acidente ao saltar de paraquedas do topo de um balão. O caso aconteceu em Boituva, interior de São Paulo. Imagens que viralizaram nas redes sociais mostram o momento em que Jhovanny acaba caindo dentro da estrutura do balão, após o tecido se partir.
De acordo com Jhovanny, ele só sabia sobre o salto o que tinha visto na internet e que ninguém do grupo de sete pessoas que o acompanhou já tinha participado dessa modalidade. Ele afirmou ainda que o dono do balão chegou a dar algumas indicações. “Ele falou: ‘ah, isso aqui é um salto de risco, mas, porém, dá para fazer’”.
Como o atleta caiu dentro do balão
Segundo ele, o dono do balão orientou os paraquedistas para que pisassem especificamente nas linhas mais grossas da lona, que são as fitas de sustentação da estrutura. “Ele falou, quando você pisar, você vai sentir que ela tem mais pressão. Se tiver pressão, é a certa. Quando eu dei um, dois, três passos e me joguei para escorregar, eu senti que afundei”, relembra, em entrevista ao Fantástico.
Primeiro, o homem caiu de uma altura de cerca de 20 metros, do topo do balão até o maçarico. Depois, ele foi ejetado do balão. “Quando eu comecei a cair, eu senti alguma coisa me batendo no peito, no meu rosto. Eu estava caindo assim. E a minha perna batia no meu peito e no meu rosto, sendo que eu não entendia o que que era. Desespero”. Enquanto isso, o piloto Jair Grillo orientava um outro paraquedista a saltar o mais rápido possível.
Jhovanny conseguiu se estabilizar no ar, abrir o paraquedas e pousar em uma fazenda, onde um morador pode o socorrer. O atleta teve queimadura no nariz, na bochecha, no queixo e na perna, além de ter fraturado o fêmur. “Estou sentindo muita dor, muita, muita dor”, disse.
‘É explicado mais de uma vez’
Ainda ao Fantástico, o piloto do balão afirmou que passou informações para o atleta antes do salto. “Infelizmente, o atleta em questão, ele acabou dando esse pulo que acabou não sustentando o peso dele. Mas é ‘brifado‘, sim, o atleta antes da saída. É explicado mais de uma vez. Para que eles saiam, é, em cima da fita de sustentação. E no próprio vídeo aí mostra que ele acabou não correndo em cima da fita, ele corre no meio do tecido e se joga”.
Em nota, Grillo declarou também que por se tratar de um esporte radical, piloto e atleta estão sujeitos a incidentes como o ocorrido e que tudo foi reportado às autoridades. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) comunicou que apenas realiza o cadastro dos atletas e dos balões, mas que o esporte ocorre por conta e riscos dos envolvidos. E que o órgão não emite e nem exige habilitação para a prática de esportes radicais.
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