Vagas de emprego abertas
Foto: Prefeitura de Jundiaí

Segundo aponta ranking da agência de classificação de risco Austin Rating, feito com exclusividade a pedido do G1, a taxa de desemprego do Brasil é a 4ª maior entre as principais economias do mundo. O ranking reúne dados de mais de 40 países que já divulgaram dados oficiais no 3º trimestre, e o levantamento mostra que o desemprego no país é mais que o dobro da taxa média global e também o pior entre os integrantes do G20 (grupo que reúne os 19 países mais ricos do mundo e a União Europeia).

No conjunto de países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a taxa de desemprego caiu para 5,8% em setembro, e agora está 0,5 ponto percentual acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro do ano passado (5,3%). Na zona do euro, a taxa ficou em 7,4% em setembro, retornado ao patamar pré-pandemia. Nos EUA, o desemprego recuou para 4,8%, ante 5,2% em agosto.

“Essa é uma fotografia clara de quanto o Brasil está perdendo na geração de emprego. Entre esses 44 países estão concorrentes diretos e outros emergentes como Cingapura, Coreia e México. Nestes países, a taxa de desemprego chega a 4%, 5%, no máximo”, afirma o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.

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O economista explica que o desemprego elevado no Brasil é explicado principalmente por um período prolongado de baixo crescimento e por problemas estruturais históricos da economia brasileira como baixa produtividade. Ele ressalta, porém, que a recuperação do mercado de trabalho tem sido freada nos últimos meses pela deterioração das expectativas, sobretudo em relação à inflação e ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.

“Em 2021, se esperava uma retomada e uma perspectiva melhor, mas o que a gente vê é que, infelizmente, o Brasil cresce numa média muito menor que a dos países emergentes e também da média global”, afirma.