
A justiça de São Paulo recebeu nesta terça-feira (17) a denúncia oferecida pelo Ministério Público e os dois seguranças acusados de torturar um adolescente de 17 anos em um supermercado na Zona Sul de São Paulo se tornaram réus.
David de OIiveira Fernandes e Valdir Bispo vão ser julgados por tortura, cárcere privado e divulgação de cenas de nudez.
A partir de agora, os advogados dos seguranças tem um prazo de dez dias para apresentarem defesa prévia, por escrito, contra a acusação. Nesta segunda-feira (16) a justiça determinou a prisão preventiva dos seguranças.
De acordo com Fermison Guzman Moreira Heredia, advogado de Valdir Bispo, seu cliente “vai esclarecer para a Justiça o que aconteceu no momento oportuno”.
“O processo corre em segredo de Justiça, acabei de ser informado sobre o recebimento da denúncia”, disse o advogado.
Flávio Munhoz Assis, advogado do segurança David de Oliveira Fernandes, disse que só fará qualquer declaração sobre o caso depois que conversar com o seu cliente sobre o recebimento da denúncia, o que ainda não aconteceu.
A Justiça marcou para o dia 11 de outubro a primeira audiência de instrução desse caso.
O caso
Segundo o jovem torturado, a agressão aconteceu em agosto. O vídeo mostra ainda o jovem nu, com as mãos amarradas e a boca amordaçada, sendo chicoteado pelos seguranças em uma sala do supermercado Ricoy. Um dos seguranças confessou que gravou o vídeo.
O jovem conta ainda que foi chicoteado com fios elétricos trançados e ameaçado de morte. Segundo ele, essa foi a terceira vez que ele foi agredido por esses mesmos seguranças.
O adolescente disse que tentou furtar uma barra de chocolate quando foi abordado. Segundo o jovem, os dois seguranças o levaram para um quarto nos fundos da loja, onde ele foi despido, amordaçado e amarrado. Ele contou que foi chicoteado por cerca de quarenta minutos.
Em nota, a assessoria de imprensa do supermercado disse que repugna a atitude dos seguranças e tomou conhecimento dos fatos por intermédio da reportagem.
“A empresa repugna esta atitude e foi com indignação que tomou conhecimento dos fatos por intermédio da reportagem. Que a empresa não coaduna com nenhum tipo de ilegalidade e colaborará com as autoridades competentes envolvidas na apuração do caso, a fim de tomar as providências cabíveis”, diz a nota.
Com informações do G1.
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		