
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a segunda edição do levantamento “Nomes no Brasil”, atualizado com dados do Censo Demográfico 2022, revelando os sobrenomes mais comuns do país.
O estudo confirma o peso da herança portuguesa na identidade nacional, mostrando que, apesar da diversidade étnica e cultural, os nomes de origem lusitana ainda predominam em todas as regiões do Brasil.
Os sobrenomes mais frequentes no Brasil
O campeão absoluto é Silva, presente em 16,76% da população, o equivalente a mais de 34 milhões de brasileiros. Em seguida aparecem Santos (10,52%) e Oliveira (5,77%), completando o trio que domina o país há séculos.
Top 10 sobrenomes mais comuns no Brasil:
- Silva – 16,76% (34.030.104 pessoas)
- Santos – 10,52% (21.367.475)
- Oliveira – 5,77% (11.708.947)
- Souza – 4,53% (9.197.158)
- Pereira – 3,39% (6.888.212)
- Ferreira – 3,07% (6.226.228)
- Lima – 3,00% (6.094.630)
- Alves – 2,83% (5.786.825)
- Rodrigues – 2,67% (5.428.540)
- Costa – 2,39% (4.861.083)
Esses dez sobrenomes somam mais de 110 milhões de registros, o que significa que mais da metade da população brasileira carrega pelo menos um deles no nome completo.
As origens e significados dos nomes mais populares
Grande parte dos sobrenomes mais frequentes tem origem portuguesa, trazida pelos colonizadores e perpetuada ao longo dos séculos.
Muitos derivam de características geográficas (“da Costa”, “do Vale”), profissões (“Ferreira”, “Carvalho”) ou nomes cristãos, que reforçam a influência da religiosidade na cultura brasileira.
Sobrenomes como Nascimento, Jesus e Ribeiro, todos entre os 20 mais frequentes, refletem essa forte presença da fé e da tradição familiar. Já nomes como Souza, Lima, Rocha e Carvalho têm raízes em antigas famílias nobres de Portugal e acabaram sendo incorporados durante o período colonial, especialmente por escravizados libertos, indígenas catequizados e imigrantes que adotavam nomes de famílias para facilitar a integração social.
Diversidade entre os 100 primeiros
O ranking também mostra a ampla variedade de sobrenomes que formam o mosaico brasileiro. Entre os mais recorrentes estão Nunes, Freitas, Cardoso, Cruz, Marques, Machado, Campos, Miranda, Xavier, Assis, Mota, Henrique, Braga e Cordeiro, todos com mais de 470 mil registros.
Entre os últimos colocados da lista dos 100 mais comuns, aparecem Carmo, Siqueira, Menezes, Queiroz, Aguiar, Sales e Cavalcante — nomes que, embora menos numerosos, também fazem parte da rica tapeçaria cultural do país.