Câmeras corporais em uniforme.
Foto: Divulgação/ Governo de SP

O Governo de São Paulo vai aumentar em 25% o número de câmeras operacionais portáteis (COPs) utilizadas pela Polícia Militar, passando de 12 mil para 15 mil dispositivos. A decisão integra um acordo firmado com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), o Ministério Público e a Defensoria Pública, com participação da própria PM, e foi homologada nesta quinta-feira (8) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.

Com o reforço, o estado busca ampliar a transparência e a segurança nas ações policiais, especialmente em áreas de maior risco de letalidade, conforme uma matriz de prioridade definida pela Polícia Militar.

Acordo com STF prevê ampliação e modernização

A medida surge após uma série de audiências conduzidas pelo Núcleo de Solução Consensual de Conflitos (NUSOL) e mediadas pelo Núcleo de Processos Estruturais Complexos (Nupec) do STF. A Procuradora Geral do Estado, Inês Coimbra, destacou o compromisso do governo paulista com a integridade nas operações policiais:

“Todos os encontros foram conduzidos sob um clima de diálogo construtivo, reforçando o compromisso do governo paulista com a transparência e a segurança pública, assegurando que o uso dos dispositivos atenda aos princípios de controle da atividade policial e promoção da legalidade e da integridade das operações”.

Tecnologias de ponta para mais controle

As novas câmeras adquiridas por meio de contrato com a Motorola contam com recursos avançados, como:

  • Acionamento remoto automático pelo COPOM nas ocorrências;
  • Ativação por proximidade via Bluetooth, com alcance de 10 metros;
  • Reativação automática em caso de interrupção manual;
  • Áudio bidirecional para comunicação em tempo real;
  • Geolocalização ativa durante todo o turno;
  • Alta resolução de imagem para melhor identificação de alvos;
  • Sistema de “buffer” que grava os 90 segundos anteriores à ativação da câmera;
  • Gestão de dados com trilha de auditoria aprimorada.

As novas funcionalidades já foram testadas em São José dos Campos e serão implantadas progressivamente, substituindo os modelos anteriores.

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Câmeras obrigatórias em grandes operações

O uso dos equipamentos será obrigatório em operações de grande envergadura, como:

  • Incursões em comunidades vulneráveis;
  • Ações para restauração da ordem pública;
  • Respostas a ataques contra policiais militares.

Em regiões onde os dispositivos estiverem disponíveis, tropas com COP terão prioridade nos deslocamentos.

Capacitação e fiscalização

O Governo de São Paulo também assumiu o compromisso de:

  • Fortalecer o programa de capacitação dos agentes sobre o uso das câmeras;
  • Editar, em até 60 dias, uma norma específica com diretrizes claras sobre acionamento, fiscalização e auditoria das imagens;
  • Aprimorar o sistema disciplinar em casos de descumprimento;
  • Criar indicadores de monitoramento da efetividade do programa, em parceria com o MP e a Defensoria Pública.

A ação reforça a política pública de controle e legalidade da atividade policial, além de buscar resultados concretos em transparência e proteção à população.

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